Cabinda – O comandante Naval da Marinha de Guerra Angolana (MGA) em Cabinda, contra-almirante Lourenço Vaz Gonçalves, defendeu, segunda-feira, a definição do marco fronteiriço marítimo entre Angola e o Congo, na zona litoral norte da comuna de Massabi (Cacongo).
O responsável manifestou este posicionamento no acto provincial comemorativo dos 47 anos da MGA, assinalado esta segunda-feira (10), acrescentando ser esta uma das situações que mais preocupa o seu comando.
Por este facto, propôs que na reunião mista de Defesa e Segurança Fronteiriça Angola/República do Congo as partes possam encontrar soluções para a demarcação fronteiriça marítima, no sentido de se por fim às violações constantes que se registam por parte de embarcações de ambos os lados.
“Esta área (Massabi) é a que mais nos preocupa, porque existem ainda actividades, da parte dos congoleses, no nosso mar, devido à situação do marco fronteiriço que divide os dois países”, argumentou.
Quanto à actual situação da fronteira marítima, Lourenço Gonçalves considerou-a calma, sem ameaças, como a navegação de narcotraficantes ou movimento de navios de pirataria e terrorismo.
No entanto, disse ser preocupante o registo de casos de pesca ilegal e do contrabando de combustíveis.
De igual modo, apontou como preocupação a existência de pescadores que violam os limites de mil metros, no mínimo, em relação às plataformas petrolíferas, devido aos perigos e outros riscos e ameaças à segurança da actividade de exploração de petróleo e gás natural.
Revelou que de Julho de 2022 a Julho deste ano foram apreendidos quatro (4) navios congoleses, por violação da fronteira marítima e pesca ilegal no mar da província de Cabinda.
Dois dos navios foram já libertados, por terem pago a respectiva multa, enquanto os outros aguardam pelos seus armadores para o efeito.PL/SC