Luanda - Angola acolhe 56 mil e 95 refugiados e requerentes de asilo, anunciou, esta quarta-feira, em Luanda, a representante da Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), Yuko Maeno.
Do número indicado, 54 por cento são requerentes de asilo, 46 por cento refugiados (dos quais 6,527 estão no assentamento de refugiados do Lóvua, na Lunda Norte).
Yuko Maeno avançou estes dados quando falava sobre a protecção dos refugiados durante o workshop de formação e sensibilização em tráfico de seres humanos para os profissionais da comunicação social.
Conforme a responsável, o poder da inclusão é o tema da acção global em prol das pessoas refugiadas e requerentes de asilo, como forma de garantir o acesso a documentos de registo, direitos e serviços.
Por outro lado, a coordenadora residente da Organização das Nações Unidas (ONU), Zahira Virani, explicou que a formação enquadra-se no projecto SAM, que tem como objectivo melhorar a gestão da migração na África Austral e na Região do Oceano Índico, visando o desenvolvimento sustentável.
A formação, disse, visa ainda construir um caminho para o garante da defesa e da protecção de todas as pessoas, em particular das mais vulneráveis.
"Devemos todos trabalhar para acelerar a implementação da Agenda para o Desenvolvimento 2030 e garantir a prevenção e protecção das pessoas, sobretudo as mais vulneráveis e em situações de perigo, que as conduzam ao tráfico de seres humanos”, disse.
O seminário teve como objectivo aprimorar os conhecimentos dos jornalistas para que participem na sensibilização da população, visando a identificação e responsabilização dos crimes de tráfico de seres humanos.
Durante três dias, os jornalistas debateram temas ligados à definição do crime de tráfico de seres humanos, vítimas de tráfico, formas e manifestações do tráfico de seres humanos e visão geral dos esforços de Angola na prevenção e combate ao tráfico de seres humanos. FMA/SC