Brasília (Dos enviados especiais) - Os acordos entre as repúblicas de Angola e do Brasil rondam os 80 diplomas, desde a assinatura do primeiro memorando em 1977, dois anos depois da proclamação da independência dos angolanos, em 1975.
O primeiro está ligado ao acordo de transporte aéreo, assinado no dia 13 de Maio de 1977, um documento já substituído.
O Brasil foi o primeiro país do mundo a reconhecer a independência de Angola, proclamada pelo Presidente António Agostinho Neto, no dia 11 de Novembro.
Desde essa altura, foram aprofundadas as relações nos mais variados domínios, culminando com a assinatura de 80 acordos de cooperação, segundo dados do Ministério das Relações Exteriores de Angola a que a ANGOP teve acesso, nesta sexta-feira, em Brasília (Brasil).
Do total de acordos, 46 ainda estão em vigor, 16 expirados, cinco em ratificação, três na condição de superados e outros em tramitação.
Trata-se de acordos nos domínios do transporte aéreo, investimento para agricultura e energia, vistos e imigração, sanidade animal e vegetal, empréstimos, educação, saúde, cooperação técnica e consultas diplomáticas.
A lista contém também acordos de cooperação nas áreas de ciências e tecnologia, artística/cultural, pescas, petróleo (cooperação técnica), meio ambiente, política administrativa, meios de comunicação, comércio, entre outros.
Novos acordos à vista
O ministro das Relações Exteriores de Angola, Téte António, disse esta sexta-feira, em Brasília, que o Governo angolano já identificou novos acordos de cooperação com o Brasil.
Sem entrar em detalhes, destacou o memorando de entendimento, por assinar, ligado à área de financiamento para os sectores da agricultura e indústria, no quadro da diversificação da economia angolana.
"Há uma mudança do nosso lado que também deve se reflectir na cooperação com os nossos parceiros estratégicos, como é o caso do Brasil", defendeu, olhando para posição que este país ocupa em termos de crescimento económico no mundo.
A nível do continente americano, o Brasil é a terceira economia, depois dos Estados Unidos da América e Canadá, e a nona economia no mundo.