Luanda - O dramaturgo e escritor angolano José Mena Abrantes pediu maior divulgação da vida e obra do escritor e nacionalista António Jacinto, tendo em conta a sua contribuição na literatura angolana e difusão da cultura nacional.
José Mena Abrantes falava à ANGOP, por ocasião do centenário do escritor e nacionalista angolano António Jacinto, que se assinala hoje, dia 28.
O dramaturgo recordou que António Jacinto foi uma figura muito simples e criativa que deu uma dinâmica à cultura de Angola.
Sublinhou que os jovens angolanos podem aprender muitos assuntos do nacionalista, principalmente nas suas obras que abordam às transições do país.
Por esta razão, apelou à juventude a consultar sempre as obras de diferentes géneros de António Jacinto.
Nacionalista, poeta e prosador, António Jacinto do Amaral Martins, de pseudónimo literário “Orlando Távora”, nasceu em Luanda aos 28 de Setembro de 1924.
Destacou-se como poeta e contista da geração da mensagem e fez parte do Movimento de Novos Intelectuais de Angola (MNIA), com o lema “Vamos descobrir Angola”.
Galvanizou a sua geração para a recuperação dos valores culturais fundamentais que constituem a matriz da angolanidade e cuja literatura contribuiu significativamente para a consolidação do nacionalismo angolano e para a luta pela independência nacional.
É autor de diversos poemas como “Monangamba”, “Carta de um Contratado”, “O Grande Desafio”, “Era uma Vez” e “Bailarina Negra".
O escritor participou activamente na vida política e cultural angolana, foi co-fundador da União dos Escritores Angolanos, ministro da Educação e Cultura (1975 e 1978) e secretário do Conselho Nacional da Cultura. AMC/OHA