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ANPG fecha exercício com quebra elevada dos lucros

     Economia              
  • Luanda • Quinta, 06 Outubro de 2022 | 14h45
Plataforma petrolífera (Foto Ilustração)
Plataforma petrolífera (Foto Ilustração)
Divulgação

Luanda - O resultado líquido da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANGP) fixou-se em 55 18 mil milhões kwanzas, em 2021, uma  quebra de 155 04 mil milhões de kwanzas (cerca de 74%) face a 2020.

O resultado líquido da Concessionaria Nacional, em 2020, foi de 210 228 mil milhões kwanzas, de acordo com o seu Relatório de Gestao e Contas 2021 a que ANGOP teve acesso no portal desta instituição.

Os custos operacionais  cifraram-se em de 116 49  mil milhões  kwanzas, relacionados com gastos com o pessoal, amortizações de activos firmes e outros gastos, obervando-se um aumento face  a 2020, período em que o mesmo foi de 76, 03 mil milhões.

A  ANPG  justifica que os custos com pessoal e os outros custos operacionais são as principais classes de custos, com um peso percentual de 44% e 54%, respectivamente.

Em termos de resultados operacionais, a ANPG registou proveitos na ordem dos 219 073 mil milhões kwanzas, um aumento de  101 006 mil milhões, em comparação com o período homólogo.

Dos 219 073 mil milhões kwanzas dos proveitos operacionais, 122  638 mil milhões são referentes a taxa de consignação atribuída com a venda de petróleo bruto por bloco, sendo a principal receita da Concessionaria Nacional.

Outros proveitos operacionais são provenientes dos serviços suplementares na ordem dos 23 674 mil milhões, Kz 7 937 mil milhões com a venda de dados sísmicos, entre outras operações.

Quanto às exportações, os levantamentos realizados atingiram os  410 115 196 barris, dos quais,  96% representam as exportações efectivas e 4% correspondem às entregas à Refinaria de Luanda.

Dos levantamentos efectuados, 102 708 639 barris (cerca de 20%)  foram pela Concessionária Nacional e os restantes 80%, correspondendo a 307 406 556 barris, repartidos pelos grupos empreiteiros.

As três ramas, com maiores volumes, foram a Dália, Mostarda e Cabinda, representando cerca de 31%.

Produção baixou 12%

A produção de óleo, nas 16 concessões petrolíferas activas, foi de 410 426 767 barris, correspondente a uma média de 1 124 457 BOPD, contra os 1 130 092 barris de petróleo por dia (BOPD) previstos.

Em relação ao ano anterior, em que se registou uma produção de 1 271 460 BOPD, verifica-se uma redução na ordem dos 12%.

Apesar da quebra, as 16 concessões petrolíferas activas no território nacional em 2021 tiveram uma eficiência operacional das instalações na ordem dos 90,58%, um incremento em mais de 3,5% quando comparado com o período homólogo.

 A produção de gás foi de 1 003 934 milhões de pés cúbicos, correspondente a uma média diária de 2 751 milhões de pés cúbicos por dia (MMSCFD), 15, 61% abaixo da previsão anual de 3 260 MMSCFD.

Quando comparada à produção de 2020 ( 3 007 MMSCFD), os níveis registados  representam  uma redução de 8,5%.  

A queima de gás natural foi de 151 MMSCFD contra 176 MMSCFD, inicialmente previsto.

Segundo a ANPG, o declínio da produção foi atenuado com entrada em produção de seis projectos em 2021, os quais adicionaram a produção base, aproximadamente 19 000 BOPD, com particular realce para o Bloco 17, cujos projectos foram responsáveis por 63% do volume incremento.

Agência foi criada em 2019, por via do Decreto Presidencial nr. 49/19, de 6 de Fevereiro, como resultado do programa de reorganização do sector petrolífero em Angola.





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