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Governo prevê criação de Agência de Segurança Cibernética

     Economia              
  • Luanda • Quarta, 10 Maio de 2023 | 10h31
Manuel Nunes Júnior, discursa na abertura do Primeiro Fórum de Ciber Segurança
Manuel Nunes Júnior, discursa na abertura do Primeiro Fórum de Ciber Segurança
Francisco Miúdo-ANGOP

Luanda - O ministro de Estado para Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior, anunciou, esta quarta-feira, a criação de uma Agência de Segurança Cibernética para coordenar as iniciativas de cibersegurança, monitorar e preparar respostas às ameaças em tempo real.

A criação da agência surge no âmbito da Estratégia Nacional de Cibersegurança, que envolve políticas e medidas para proteger os seus sistemas e infraestruturas críticas contra cibernéticos.

Ao discursar na abertura na abertura do 1.º Fórum sobre Cibersegurança promovido pelo Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social (MINTTICS), Nunes Júnior sublinhou que a agência surge para garantir o fornecimento e tratamento de dados, com vista a criação de políticas públicas cada vez mais consistentes e realistas.

“Esta estratégia deve incluir também acções para aumentar a consciencialização e educação da população sobre a importância da cibersegurança”, disse.

Para Manuel Nunes Júnior,  todas as acções devem ser complementadas com medidas que garantam a protecção dos dados e dos sistemas de informação.

Em seu entender, o quadro legal existente necessita de ser fortalecido e actualizado, como consequência do grande desenvolvimento tecnológico que se regista no mundo.

A legislação também deve ser preparada no âmbito da cibersegurança e penalizações “severas” devem estar patentes para os eventuais crimes cibernéticos, a fim de dissuadir os agressores e malfeitores.

Outro foco na Academia de Cibersegurança

Nunes Júnior também falou sobre a necessidade do lançamento da Academia de cibersegurança, com o objectivo de preparar o mercado e aumentar a qualidade e quantidade dos quadros técnicos, sobre tudo, recém- licenciados nesta área.

“As empresas e organizações governamentais devem investir na formação em segurança cibernética dos seus colaboradores, para garantir que eles estejam cientes dos riscos e saibam como contribuir para a protecção dos dados da empresa”, enfatizou.

Para o ministro, a cibersegurança não deve ser vista como uma questão que possa ser resolvida apenas pelo Executivo.

“É uma responsabilidade de todos os usuários do mundo cibernético encontrarem as melhores soluções para fomentar uma cultura de cibersegurança nas instituições e nas empresas, adotando as melhores práticas de ciberhigiente e investimento nas questões relativas à segurança digital e física, entre outras acções”, reforçou.

Manuel Nunes Júnior destacou que o Executivo tem estado a trabalhar para garantir à sociedade o acesso à internet e a informação, quer para o sector público quer para o sector privado, primando por uma abrangência nacional.

Há este respeito, continuou, a destacar os investimentos feitos que possibilitaram a entrada em operação dos cabos submarinos internacionais SACS e Monet, a primeira ligação de África com as américas, a partir do Atlântico Sul.

Citou igualmente a conclusão da construção do Satélite Angosat-2, a entrada em operação do Centro Nacional de Monitorização do Espectro Rádio Eléctrico,a Rede Fibra Óptica Nacional, a entrada de novos operadores de telecomunicações e a atribuição de licença 5G.

A expansão pelo território nacional da rede de Mediatecas de Angola, no âmbito da massificação e inclusão digital, bem como dos projectos N´gola digital e Angola Online, são entre outros feitos do Executivo.

A Estratégia Nacional de Cibersegurança visa traçar a abordagem de políticas que garantem um ciberespaço seguro e resiliente e estabelecerá a visão do Executivo para o quinquénio 2022/2027.

O projecto serve, igualmente, para identificar e estabelecer acções de Cibersegurança.

A ideia das autoridades é tornar Angola um país seguro e com uma sociedade consciencializada em termos de segurança cibernética.

A estratégia é concebido para melhorar a segurança, a confiança e a resiliência das Infra-estruturas e serviços vitais, garantindo a redução dos crimes cibernéticos, a protecção e defesa das infra-estruturas críticas e dos serviços vitais de informação, assim como potenciar uma utilização livre, segura e eficiente do ciberespaço, por parte das empresas públicas, privadas e do cidadão.HEM/NE





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