Luanda – O ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, anunciou, esta quarta-feira, em Joanesburgo, África do Sul, que o Governo vai determinar, nas próximas semanas, preços mínimos para certos produtos, no quadro da segurança alimentar.
Falando à Rádio Nacional de Angola (RNA) à margem de uma visita à feira de BRICS, José de Lima Massano não avança detalhes sobre os produtos que vão sofrer tal variação.
Actualmente, em Angola existe uma tabela de produtos alimentares, num total de 32, em regime de preços vigiados, no quadro do Decreto Presidencial nr.206/11, de 29 de Julho, que estabelece as bases gerais para a organização do sistema nacional de preços.
Sobre a segurança alimentar, Lima Massano diz que Angola tem de fazer grandes avanços e ganhar maior automonia, e garantir que a produção tenha condição de ser consumida pelos cidadãos, ou seja, as pessoas devem ter rendimentos suficientes para adquiri-los.
“Num primeiro momento, o grande desafio é produzir mais e o que vai permitir, com os instrumentos que estamos a colocar, termos a expectativa de, nas próximas semanas, podemos também anunciar os preços mínimos para determinados produtos, nesta lógica da segurança alimentar e, trazermos, por isso, mais operadores nacionais e internacionais para o sector”, referiu.
Bielorrússia quer apoiar na segurança alimentar
Ainda à margem da Cimeira dos BRICS, Angola e a Bielorrússia manifestaram, quarta-feira, o interesse em reforçar as relações económicas no domínio da agricultura, com foco na segurança alimentar, um dos desafios do Executivo.
De acordo com a publicação do Jornal de Angola, a que ANGOP teve acesso, representantes dos dois países mantiveram um encontro no quadro do reforço das relações bilaterais.
O ministro das Relações Exteriores da Bielorrússia, Sergei Aleinir, que representou o seu país no encontro, onde a delegação angolana chefiada pelo ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, garantiu manter o foco no ramo da agricultura para assegurar a segurança alimentar.
“A Bielorrúsia tem muito a oferecer, desde equipamentos agrícolas, fertilizantes e outros equipamentos”, destacou.
Para Sergei Aleinir, o seu país está disponível para desenvolver um programa para a agricultura em Angola, que pode ser alargado para outros sectores.
O chefe da diplomacia da Bieloerrúsia disse ter sido também discutida a possibilidade da realização de uma visita de trabalho do ministro da Agricultura de Angola à Bieloerrúsia.
A economia da Bieloerrúsia é diversificada, tendo como principais actividades a agricultura e a indústria manufactureira. Todavia, o comércio é outra área de elevada importância nos grandes centros.NE/AC