Luena – Comerciantes de materiais de construção na província do Moxico mostram-se preocupados com a subida do frete de camião para transportação de mercadorias, que passou de um milhão e 300 mil para um milhão e 500 mil kwanzas, de Luanda ao Luena.
Numa ronda efectuada esta quarta-feira, a ANGOP ouviu o comerciante Mohamed Dabbu, de nacionalidade mauritaniana, um dos mais antigos vendedores de materiais de construção na província.
Conforme o vendedor, a situação tem se tornado preocupante, face ao aumento de despesas da classe empresarial, que pode agravar com a recente actualização do preço de gasóleo no país.
Já o comerciante Abdulai, igualmente mauritaniano, que exerce essa actividade no país há 20 anos, disse que apesar da construção de estradas que tem garantido a circulação de pessoas e bens no país, ainda tem sido desafiante a transportação de mercadorias de um ponto para outro do país, devido ao custo do frete dos transportes.
Sugeriu políticas abrangentes no sector dos transportes, com o intuito de facilitar a actividade comercial no país.
Disse que apesar do aumento do frete na transportação de mercadorias, os preços dos produtos se mantêm, factor que, segundo o comerciante, poderá prejudicar a actividade comercial na região.
A ANGOP constatou que os preços de materiais de construção civil se mantiveram invariáveis no último trimestre, com o cimento, por exemplo, a ser comercializado entre sete mil e 300 a sete mil e 500 kwanzas.
O varão varia entre seis a doze mil kwanzas, dependendo do tamanho, enquanto a caixa de mosaico está no valor de nove mil e 500.
A pedra de mármore está a custar 45 mil kwanzas, o cimento cola está fixado em três mil e quinhentos, já o tubo PVC mantém os seis a sete mil kwanzas praticados nos últimos três meses.
A chapa de zinco de seis metros varia entre 12 e 25 mil, dependendo da qualidade, enquanto cantoneiras seis e malha sol estão no valor de nove e 15 mil, respectivamente.
No capítulo dos inertes, os preços variam de acordo o ponto de venda, o preço do bloco de construção está padronizada no valor de 300 kwanzas, já a carrada de brita a 400 mil, e areião entre 70 a 80 mil.
Abordado num dos estabelecimentos comerciais, o cliente Augusto Sapalo, funcionário público (37 anos) disse que apesar de alguns produtos se manterem estáveis, ainda há necessidade da criação de políticas para a redução dos preços, opinião corroborada pela cidadã Odeth Priscila, trabalhadora de um restaurante da cidade. MT/TC/YD