Humpata – A utilização sustentável de recursos fitogenéticos para a alimentação e na agricultura, em Angola, passa por envolver diferentes soluções técnicas e tecnológicas, de modos a contribuir para uma segurança alimentar resistente, que o país precisa.
Trata-se da necessidade de intensificação da produção, criação de plantas, avaliação e o número de colecções principais, melhoramento genético e de base, bem como a diversificação ampla da produção de culturas, o desenvolvimento e comercialização de espécies subutilizadas.
O facto foi dado a conhecer nesta quarta-feira, à ANGOP, na Humpata, pelo representante da Agência das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), Teixeira Bige, à margem do encerramento do workshop sobre a importância dos recursos fitogenéticos na segurança alimentar, fortalecimento da resiliência e preservação da biodiversidade.
O também agrónomo afirmou que a FAO tem estado, ao longo dos últimos anos, a engendrar políticas e estratégias apropriadas a nível nacional, regional e internacional, de instituições responsáveis pela utilização dos recursos fitogenéticos, além da capacitação de técnicos.
Por conseguinte, segundo a fonte, a FAO desenvolve um outro projecto integrado de resiliência ao clima nos sistemas de produção agrícola e agro-pecuária na gestão da fertilidade do solo em áreas produtivas e vulneráveis, usando a abordagem Escola de Campo e agricultor.
A ideia do respectivo projecto, tem como foco, fortalecer a resiliência climática dos sistemas de produção agro-pastoril em áreas vulneráveis, que passa pelo estabelecimento de bancos comunitários de sementes nos municípios tidos como de potências agrícolas, como Caluquembe, Caconda, Chicomba e Quilengues.
Para a segurança alimentar em Angola, em 2004, a FAO, juntamente com as organizações internacionais da biodiversidade e de investigação científica criou o Fundo Global de Culturas, para assegurar a conservação e disponibilidade da diversidade de culturas alimentares diversas para o consumo humano.