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Resenha Africana da Semana

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  • Luanda • Sábado, 19 Abril de 2025 | 10h38
Mapa de África
Mapa de África
Divulgação

Luanda - O anúncio sobre a realização na Somália do primeiro registo eleitoral autárquico nos últimos 56 anos, em Mogadíscio, bem como a divulgação da formação de um governo paralelo do grupo Paramilitar das Forças de Apoio Rápido (RSF) no Sudão, constituíram alguns dos assuntos de destaque do noticiário africano da ANGOP durante a semana que hoje finda.

A  preparação do pleito foi revelada na última terça-feira pelos responsáveis locais, após aprovação em Agosto de 2024 pelo governo para introdução do sufrágio universal país, com vista a  romper o sistema político  estruturado por décadas a volta dos inúmeros clãs e sub-clãs que compõem a sociedade somali.

O recenseamento eleitoral iniciou no bairro Shangani, em Mogadíscio, segundo um correspondente da agência de notícias France-Presse (AFP), que observou filas de dezenas de eleitores.

As primeiras eleições na capital estão previstas para Junho deste ano, cujo propósito visa a introdução do sistema "uma pessoa, um voto" no pleito legislativo e presidenciais previstos para 2026. Os últimos aconteceram em 1969.

Outro assunto noticiado foi a revelação da formação de um governo paralelo de "paz e unidade" no Sudão, que será dirigido pelos paramilitares sudanês RSF, que substituirá o executivo actual, controlado pelo Exército governamental, e prometeu continuar a guerra civil.
 
O facto foi divulgado na terça-feira pelo líder do grupo, General Mohamed Hamdan Dagalo, por ocasião do aniversário da RSF (2 anos), tendo apelado à União Africana (UA) para que reconheça o seu governo, que disse ser da "vontade democrática do povo sudanês", ao mesmo tempo em que pediu ao Presidente dos EUA, Donald Trump, que aja para "acabar com a guerra" no Sudão, segundo à agência Lusa.

O responsável afirmou que o seu governo não agirá apenas nas regiões controladas pelas RSF, mas "em todo o Sudão", e tomaria medidas executivas, incluindo "a impressão de uma nova moeda e a emissão de cartões de identidade nacionais, para garantir que nenhum cidadão sudanês seja privado de seus direitos básicos".

Também nos últimos sete dias foi noticiado que mais de 400 jornalistas sudaneses estão exilados no exterior, sobretudo no Egipto, devido ao conflito armado no seu país entre o Exército e os Paramilitares da RSF, segundo a Organização Não-Governamental (ONG) Repórteres sem Fronteiras (RSF).

A ONG refere que pelo menos dez meios de comunicação social sudaneses no exílio foram fundados ou continuam a funcionar, considerando que estes "fazem uma cobertura vital, especialmente dos abusos contra civis".

A organização indicou que ajudou mais de 50 jornalistas sudaneses no exilo através de subvenções e tem estado apelar aos países onde se encontram para que os permitem regularizar a sua situação e, em vez de os enviarem de volta para o Sudão, lhes ofereçam a estabilidade indispensável para continuarem a trabalhar.

Outro assunto destacado foi a realização de eleições presidenciais no Gabão, nas quais os partidos da oposição reconheceram na segunda-feira os resultados sem contestações.

O principal opositor Alain-Claude Bilie-By-Nze aceitou a derrota, mas afirmou que a vitória do adversário aconteceu em condições “opacas e duvidosas”. Alain-Claude Bilie-By-Nze teve 3,02% dos votos nas presidenciais no Gabão, e não recorreu ao Tribunal Constitucional, que deverá confirmar os resultados provisórios nos próximos dias.

“Eu não ganhei esta eleição, mas será que o vencedor designado a ganhou de facto de forma justa?”, questionou o antigo primeiro-ministro, denunciando o “enchimento de urnas” e a “supressão de votos” durante a contagem.

O vencedor Brice Clotaire Oligui Nguema, que ostenta a patente de Brigadeiro-General, foi eleito à primeira volta com mais de 90% dos votos, 19 meses após protagonizar um golpe de Estado em 30 de Agosto de 2023.

Os outros seis candidatos não ultrapassaram 1% dos votos. A taxa de participação foi de 70,4%, segundo o Ministério do Interior, citado pelo Notícias ao Minuto. As eleições colocaram o fim da dinastia Bongo, no poder desde 1967.

A ANGOP  destacou igualmente no seu noticiário africano que a República Democrática do Congo (RDC) atravessa uma crise humanitária decorrente das guerras internas e situações climáticas, o que obrigou a Agência da Nações Unidas Para os Refugiados (ACNUR) a solicitar esta semana ajuda para acudir a referida situação.

De acordo com esta instituição, a RDC vive uma situação "de emergência humanitária alarmante", e refere que o deslocamento contínuo causado por enchentes e conflitos, a insegurança alimentar e a ameaça iminente de surtos de doenças, exige uma resposta humanitária coordenada e robusta fundamental para evitar perdas de vidas. 

Por este facto, apelou à comunidade internacional para que reforce a ajuda financeira para este organismo da ONU poder dar resposta a esta "dupla crise" neste território congolês.DSC/CS



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