Abuja - O Governo Federal da Nigéria reduziu o fornecimento e as vendas de electricidade para a República do Níger, governada pela Junta, em 42%, diminuindo-a de 80 megawatts para 46 MW.
O jornal Punch diz que a medida fez com que a produção de electricidade do país caísse de 30 a 50 por cento e forçou a empresa estatal de energia Nigelec a impor cortes de energia planeados que podem durar vários dias, especialmente em Niamey, capital do Níger.
Isso foi revelado pelo ministro da Energia do Níger, Haoua Amadou, em uma entrevista à AFP após reclamações de seus cidadãos e uma maior adopção de fontes de energia solar.
A Nigéria suspendeu grande parte de suas exportações de electricidade para o país da África Ocidental como parte das sanções regionais contra a junta que derrubou o presidente civil Mohamed Bazoum em Julho de 2023.
Em 26 de Julho de 2023, oficiais da Guarda Presidencial prenderam Bazoum e o declararam deposto. Isso forçou a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental a impor sanções contra os militares.
Além de um ultimato de uma semana para restaurar a ordem constitucional e a suspensão das transações financeiras com o Níger, a CEDEAO decretou o congelamento de “todas as transações de serviços, incluindo transações de energia”.
Embora a suspensão tenha sido levantada, o fornecimento de energia eléctrica permaneceu limitado. O ministro explicou que o país vizinho, que fornecia 80 MW antes das sanções, reduziu seu fornecimento para apenas 46 MW — um número muito abaixo do necessário para atender à demanda local.
Acrescentou que, apesar dos esforços para fortalecer a capacidade de produção local, Niamey ainda sofre com cortes controlados de energia. Como resultado, pessoas e empresas recorrem cada vez mais à energia solar para suprir as lacunas.
A Nigéria gera electricidade principalmente de fontes térmicas e hidreclétricas, sendo o gás natural, o combustível predominante para suas mais de 29 usinas térmicas. ADR