Angola situa-se na parte ocidental da África Austral. O país tem os seguintes dados geográficos:
• Latitude – Norte – 04°22'G / Sul - 18°02'.
• Longitude – Leste – 24°05'E.G / Oeste – 11°41'.
• Superfície: 1.246.700 quilómetros quadrados.
• Extensão da Costa Atlântica: 1.650 quilómetros.
• Fronteiras Terrestres: 4.837 quilómetros.
• Países limitrofes a Norte: República do Congo e República Democrática do Congo.
• Países limitrofes a Leste: República Democrática do Congo e República da Zâmbia.
• Países limitrofes a Sul: República da Namíbia.
• Oeste: Oceano Atlântico.
Angola tem 18 províncias:
Província | Extensão | Capital |
Bengo | 33.016 | Caxito |
Benguela | 39.826 | Benguela |
Bié | 70.314 | Kuito |
Cabinda | 7.270 | Cabinda |
Kuando-Kubango | 199.049 | Menongue |
Kwanza-Norte | 24.110 | N'dalatando |
Kwanza-Sul | 55.600 | Sumbe |
Cunene | 87.342 | Ondjiva |
Huambo | 34.270 | Huambo |
Huíla | 79.022 | Lubango |
Luanda | 2.417 | Luanda |
Lunda-Norte | 103.000 | Dundo |
Lunda-Sul | 77.367 | Saurimo |
Malanje | 97.602 | Malanje |
Moxico | 223.023 | Luena |
Namibe | 57.091 | Namibe |
Uíge | 58.698 | Uíge |
Zaire | 40.130 | M'Banza Congo |
Aproximadamente 65 por cento do território está situado entre 1000 e 1600 metros de altitude.
A moeda oficial é o kwanza. A Língua Oficial é o Português, para além de diversas línguas nacionais, sendo as mais faladas: o Kikongo, Kimbundo, Tchokwe, Umbundo, Mbunda, Kwanyama, Nhaneca, Fiote e Nganguela.
O Clima em Angola tem duas estações: a das chuvas, a mais quente e que ocorre entre os meses de Setembro a Maio, e a do cacimbo ou seca, a menos quente e que vai de Maio a Setembro.
O país possui uma situação geográfica peculiar, por estar na zona inter-tropical e sub-tropical do hemisfério Sul, ser próximo ao mar, e pelas especificidades do seu relevo, divide-se em duas regiões climáticas distintas:
• A Região Litoral - com humidade relativa média anual de 30 por cento e temperatura média superior aos 23°C;
• A Região do Interior, sub-dividida em Zona Norte, com elevadas quedas pluviométricas e temperaturas altas, Zona de Altitude, que abrange as regiões planálticas centrais, com uma estação seca, de temperaturas baixas, e a Zona Sudoeste, semi-árida, em consequência da proximidade do deserto do Namibe, extensão do deserto do Kalahari, sujeita a grandes massas de ar tropical continental.
As temperaturas médias do país são: 27°C máxima e 17°C mínima.
A esta diversidade climática corresponde a um potencial turístico representado por um património natural riquíssimo em flora e fauna diversificadas, possibilitando a prática de todo tipo de actividades de lazer, hobbies e aventuras.
Angola apresenta cinco tipos de zonas naturais: a floresta húmida e densa, como a de Maiombe (Cabinda), que contém as mais raríssimas madeiras do mundo; as savanas, normalmente associadas às matas, como é o caso das províncias da Lunda-Norte e Lunda-Sul; as savanas secas, com árvores ou arbustos, em Luanda, baixa de Kassanje, na provincial de Malanje, e também algumas áreas das Lundas.
Existem ainda zonas de estepe ao longo de uma faixa que tem o início a sul do Sumbe, no Kwanza-Sul, e, por fim, a desértica, que ocupa uma estreita faixa costeira no extremo sul do país, onde podemos encontrar, no deserto do Namibe, uma espécie vegetal única e endêmica no mundo que tanto caracteriza este país a “Welwitchia Mirabilis”.
Em Angola, conhecem-se inúmeras espécies espalhadas por várias regiões. Na floresta do Maiombe, em Cabinda, habitam gorilas, chimpanzés e papagaios. Nas zonas naturais mais húmidas do norte, centro e leste, podemos observar o golungo, a palanca negra gigante, uma espécie endêmica no mundo e em vias de extinção, a seixa e os elefantes. Já nas regiões mais secas, aparecem a cabra de leque, o guelengue do deserto ou orix, o gnú, a impala, a chita, o búfalo, e igualmente o elefante, a zebra e a girafa. Animais mais ou menos comuns a todo o território são a hiena, a palanca vermelha, o leão, o leopardo e o hipopótamo.
Na fauna marítima existem igualmente uma enorme variedade de peixes e de mariscos, que se encontram também nos rios, onde, a par destes, podemos ver também crocodilos ou jacarés.
O principal rio de Angola é o Kwanza, que dá o nome à moeda nacional. Dos seus mil quilómetros de longitude, apenas 240 são navegáveis. Seguem-se o Kubango (975 quilómetros), o Cunene (800) e, por fim, na lista dos quatro principais rios do país, o Zaire (150), sendo este último, todo ele navegável.
Os rios angolanos oferecem oportunidades para a implementação de negócios de interesse turístico ou mistos do tipo comércio-turismo ou ainda a prática do eco-turismo.
Angola é um país potencialmente rico em recursos minerais. Estima-se que o seu sub-solo albergue 35 dos 45 minerais mais importantes do comércio mundial, entre os quais se destacam o petróleo, gás natural, diamantes, fosfatos, substâncias betuminosas, ferro, cobre, magnésio, ouro e rochas ornamentais.
Com a aprovação do Plano Director do Turismo de Angola de 2011-2020, a 12 de Outubro de 2011, pela Comissão Permanente do Conselho de Ministros, o Ministério da Hotelaria e Turismo entra num novo ciclo de actuação, centrando-se na implementação de uma estratégia que se pretende sólida, diferenciadora e capaz de afirmar os valores, os activos histórico-culturais e a riqueza natural, que compõem o património turístico de Angola.
Com as acções perspectivadas para o sector, espera-se a criação de um milhão de postos de trabalho directos e indirectos, estima-se uma receita de cerca de quatro biliões de dólares americanos, aumento significativo do peso do sector no Produto Interno Bruto e 4,6 milhões de turistas nacionais e internacionais, indicadores muito importantes para a concretização dos objectivos definidos e resultados esperados.
Em Angola existem várias religiões organizadas em igrejas ou formas análogas. Dados fiáveis quanto aos números dos fiéis não existem, mas a grande maioria dos angolanos adere a uma religião cristã ou inspirada pelo cristianismo. Cerca da metade da população está ligada à Igreja Católica, outra parte a uma das igrejas protestantes introduzidas durante o período colonial: as baptistas, as metodistas e as congregacionais, além de comunidades mais reduzidas de protestantes reformados e luteranos. A estes há que acrescentar os adventistas, os neo-apostólicos e um grande número de igrejas pentecostais.
Há, finalmente, duas igrejas do tipo sincrético, os kimbanguistas, com origem na República Democrática do Congo e os tocoistas, que se constituíram em Angola em 1949, ambas com comunidades existentes em todo o país. É significativa, mas não passível de quantificação, a proporção de pessoas sem religião. Os praticantes de religiões tradicionais africanas constituem uma pequena minoria, de carácter residual, mas, entre os cristãos, encontram-se com alguma frequência crenças e costumes herdados daquelas religiões. Há apenas 1 a 2 por cento de muçulmanos, quase todos imigrados de outros países (sobretudo da África Ocidental).
Uma das grandes mais-valias de Angola é sem dúvida a sua cultura em todas as suas manifestações. A música angolana, tanto a tradicional (semba, rebita), como a dita moderna (kizomba, kuduro, zouk) tem sabido trilhar o seu caminho, já com alguma projecção internacional.
Existem alguns instrumentos tradicionais que importa mencionar, que fazem parte da riqueza cultural e tradicional angolana, como o batuque, o kissange e a marimba. Já o primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto, dizia, num dos seus poemas: “À marimba e ao kissange, ao nosso Carnaval, havemos de voltar".
As danças tradicionais extremamente ritmadas têm também lugar de destaque, não deixando ninguém indiferente.
O carnaval é sem dúvida uma das expressões culturais a seguir com um conjugar harmonioso de música e dança, como o semba, varina, cabetula, kazucuta e cabecinha.
Em termos de artesanato, Angola tem muito a oferecer.
O artesanato em madeira é talvez o que tem mais expressão (pau-preto, pau cinza, pau rosa, panga-panga), mas existem ainda outros materiais que são explorados com muita mestria, como o barro, a mateba (fibra de palmeira), bronze, marfim e chifre.
O Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgou no passado dia 23 de Março, os Resultados Definitivos do Recenseamento Geral da População e Habitação (RPGH-2014), realizado entre 16 à 31 de Maio de 2014 em todo território nacional. A população angolana é constituída actualmente por 25 milhões 789 mil e 24 habitantes, dos quais seis milhões 945 mil e 386 vivem na capital do país.
A população de Angola é maioritariamente de origem bantu. Entre estes, destacam-se os ovimbundus, os kimbundus e os bakongos.
Mas existem outros grupos étnicos minoritários como os Koysan (no sudoeste do país).
A língua oficial é o Português e existem cerca de 42 línguas, sendo que o Kimbundu, o Umbundu, o Kicongo, o Tchokwe as mais abrangentes.
Orientação do trânsito – direita.
Horário dos bancos – 8h às 15h (existem bancos que funcionam ao sábado)..
Língua oficial – Português.
Moeda nacional – Kwanza.
Electricidade – 220/240V 50Hz.
Time Zone – GMT/UTC +1
Código telefónico – +244
Unidade de medição – métrica
DADOS ESTATÍSTICOS | |
Chefe de Estado | Presidente João Manuel Gonçalves Lourenço |
Capital | Luanda |
Dia Nacional | 11 de Novembro de 1975 |
Língua oficial | Português |
Moeda | Kwanza (AKz) |
Área | 1.247.000 km² |
População | 20 milhões (estimativa de 2013) |
Alfabetização | 40% |
Urbanização | 26% |
Recursos Naturais | Diamante, óleo, peixe, petróleo, animais selvagens, agricultura, mar e recursos marinhos. |
Obs.: Todos os dados são do ano 2000 excepto aqueles que estão indicados.
FERIADOS NACIONAIS | |
Ano Novo | 1 de Janeiro |
Dia do Início da Luta Armada de Libertação Nacional | 4 de Fevereiro |
Dia Internacional da Mulher | 8 de Março |
Carnaval (feriado móvel) | Ocorre entre os meses de Fevereiro e Março |
Dia da Paz e Reconciliação Nacional | 4 de Abril |
Sexta-feira Santa (feriado móvel) | Ocorre entre 22 de Março e 25 de Abril |
Dia Internacional do Trabalhador | 1 de Maio |
Dia do Herói Nacional | 17 de Setembro |
Dia de Finados | 2 de Novembro |
Dia da Independência Nacional | 11 de Novembro |
Natal | 25 de Dezembro |
DATAS DE CELEBRAÇÕES NACIONAIS | |
Dia dos Mártires da Repressão Colonial | 4 de Janeiro |
Dia da Mulher Angolana | 2 de Março |
Dia da Expansão da Luta Armada de Libertação Nacional |
15 de Março |
Dia da Juventude Angolana | 14 de Abril |
Dia Internacional da Criança | 01 de Junho |
Dia da Criança Africana | 16 de Junho |
Dia de África | 25 de Maio |
Dia Internacional dos Direitos Humanos | 10 de Dezembro |
Território habitado já na pré-história, como atestam vestígios encontrados nas regiões das Lundas, Congo e no deserto do Namibe, apenas milhares de anos mais tarde, em plena proto-história, receberia povos mais organizados. Os primeiros a instalarem-se foram os khoisan, também conhecidos por “bosquímanos” ou kamussequeles - grandes caçadores, de estatura pigmóide e claros, de cor acastanhada.
No início do século VI d.C., povos mais evoluídos, de cor negra, inseridos tecnologicamente na Idade dos Metais, empreenderam uma das maiores migrações da História. Eram os bantu e vieram do norte, provavelmente da região da actual República dos Camarões.
Ao chegarem a Angola, esses povos encontraram os khoisan e outros grupos mais primitivos, impondo-lhes facilmente a sua tecnologia nos domínios da metalúrgica, cerâmica e agricultura. A instalação dos bantu decorreu ao longo de muitos séculos, gerando diversos grupos, que viriam a estabilizar-se em etnias que perduram até aos dias de hoje.
Em 1484, os portugueses atracaram no Zaire, sob o comando do navegador Diogo Cão. A partir deste marco, os portugueses passaram a conquistar não apenas Angola, mas a África. Já instalada a primeira grande unidade política do território, que passaria à história como Reino do Congo, os portugueses estabeleceram alianças.
A colónia portuguesa de Angola formou-se em 1575, com a chegada de Paulo Dias de Novais, com 100 famílias de colonos e 400 soldados. Paulo Dias de Novais foi o primeiro governador português a chegar a Angola, que tinha como principais acções explorar os recursos naturais e promover o tráfico negreiro (escravatura), formando um mercado extenso. A partir de 1764, de uma sociedade esclavagista, passou-se gradualmente a uma sociedade preocupada em produzir o que consumia. Em 1850, Luanda já era uma grande cidade, repleta de firmas comerciais e que exportava, conjuntamente com Benguela, óleos de palma e de amendoim, cera, goma copal, madeiras, marfim, algodão, café e cacau, entre outros produtos. Milho, tabaco, carne seca e farinha de mandioca começariam igualmente a ser produzidos localmente. Estava a nascer a burguesia angolana.
Entretanto, em 1836, o tráfico de escravos era abolido e, em 1844, os portos de Angola seriam abertos aos navios estrangeiros. Com a conferência de Berlim (19 de Novembro de 1884 a 26 de Fevereiro de 1885, que estabeleceu a divisão de África pelas potências coloniais), Portugal viu-se na obrigação de efectivar de imediato a ocupação territorial das suas colónias.
O território de Cabinda, a norte do rio Zaire, seria também conferido a Portugal, graças à legitimidade do Tratado de Protectorato de Simulambuko, assinado entre os reis de Portugal e os príncipes de Cabinda, em 1885.
Depois de uma implantação morosa e complicada, o final do século XIX marcaria a organização de uma administração colonial directamente relacionada com o território e os povos a governar. Na economia, a estratégia colonial assentava na agricultura e na exportação de matérias-primas. O comércio da borracha e do marfim, acrescido pela receita dos impostos tomados às populações, gerava grandes rendimentos para Lisboa.
O fim da monarquia em Portugal, em 1910, e uma conjuntura internacional favorável levariam as novas reformas ao domínio administrativo, agrário e educativo. No plano económico, inicia-se a exploração intensiva de diamantes. A DIAMANG (Companhia de Diamantes de Angola) é fundada em 1921, embora operasse desde 1916 na região de Luanda. Com o Estado que se pretende extensivo à colónia, Angola passa a ser mais uma das províncias de Portugal (Província Ultramarina). A situação vigente era aparentemente tranquila.
No segundo cartel do século XX, esta tranquilidade seria posta em causa com o aparecimento dos primeiros movimentos nacionalistas. Inicia-se a formação de organizações políticas mais explícitas a partir da década de 50, que, de uma forma organizada, iam fazendo ouvir os seus gritos. Promovem campanhas diplomáticas no mundo inteiro, pugnando pela independência.
O poder colonial não cederia, no entanto, às propostas das forças nacionalistas, provocando o desencadear da luta armada de libertação nacional pelos nacionalistas angolanos. Nessa luta destacaram-se o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), fundado em 1956, a Frente Nacional para a Libertação de Angola (FNLA), que emergiu em 1961, e a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), que foi fundada em 1966.
Depois de longos anos de confrontos, o país alcança a independência a 11 de Novembro de 1975. Passados 27 anos da Independência e 41 do início da Luta Armada, eis que a Paz finalmente é consolidada a 4 de Abril de 2002, pelos acordos assinados no Luena, Moxico. Oitenta mil soldados da UNITA depõem as armas e são integrados na sociedade civil, nas Forças Armadas Angolanas e na Polícia Nacional. A UNITA é transformada em partido político, tem o seu papel na vida democrática do país.
A Reconciliação nacional e o processo de desenvolvimento e reconstrução nacional são para o Presidente da República, José Eduardo dos Santos, os principais objectivos da paz definitivamente alcançada em 2002, após longos anos de luta e negociações.
Desde 1992, ano das primeiras eleições gerais, que a democracia multipartidária governa Angola. O MPLA, em conjunto com a UNITA e outras forças políticas com assento parlamentar, geriu magistralmente a reconstrução de um dos países de futuro mais promissor de toda a África. No âmbito de uma ampla programação empurrando Angola para a modernidade, progresso e riqueza, novas eleições foram realizadas em 2008, 2012 e 2017.
O MPLA, que governa o país desde a independência, soube preservar a identidade nacional. Do MPLA, saíram os três presidentes que Angola teve, até ao momento. O primeiro, o fundador da Nação Angolana, António Agostinho Neto, o segundo José Eduardo dos Santos, e o actual, João Manuel Gonçalves Lourenço.
Na cena internacional, Angola vem dando forte apoio a iniciativas que promovam a paz e a resolução de disputas regionais, favorecendo a via diplomática na prevenção do conflito e a promoção dos direitos humanos.
Breve História de Eleições em Angola
Eleições gerais de Setembro de 1992
De 29 a 30 de Setembro de 1992, tiveram lugar em Angola as primeiras eleições legislativas multipartidárias. O partido governamental Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) ganhou 54 por cento dos votos válidos e - com 129 assentos parlamentares - a maioria absoluta dos 220 deputados. A União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) ficou com 34 por cento e 70 deputados. O Partido da Renovação Social (PRS) alcançou dois por cento e seis deputados. A Frente Nacional da Libertação de Angola (FNLA), o terceiro movimento histórico de independência, conseguiu dois por cento dos votos e elegeu cinco deputados.
Em paralelo, houve eleições presidenciais, mas não se foi além da primeira volta: José Eduardo dos Santos (MPLA), ficou com 49 por cento, sem a maioria absoluta para decidir as eleições já na primeira volta. O seu adversário, Jonas Savimbi (UNITA) conseguiu reunir 41 por cento dos votos. A segunda volta necessária não aconteceu, pois a UNITA rejeitou os resultados e optou de novo pela guerra contra o MPLA, na tentativa de conquista do poder pela força das armas.
Eleições legislativas de Setembro de 2008
Os angolanos realizaram novas eleições de 5 e 6 de Setembro de 2008, seis anos depois de se instaurar a paz no país, em 2002, a seguir à morte de Jonas Savimbi. Tratou-se apenas de eleições legislativas, que o MPLA venceu com 82 por cento dos votos, conquistando 191 dos 220 lugares da Assembleia Nacional. A UNITA conseguiu apenas 10 por cento e 16 deputados. O PRS ocupou o terceiro lugar com três por cento e oito deputados. A FNLA ficou com apenas um por cento dos votos e três deputados. A coligação Nova Democracia (ND) elegeu dois deputados.
Eleições gerais de Agosto de 2012
A Constituição angolana promulgada em 2010 aboliu definitivamente as eleições presidenciais, substituídas por eleições gerais, para a eleição do Presidente da República, o vice-presidente e os deputados à Assembleia Nacional. O cabeça de lista do partido mais votado é automaticamente o Presidente da República. O número dois da lista é o vice-presidente.
Nas eleições de 31 de Agosto de 2012, o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) conquistou 71,84 por cento dos votos (4.135.503), elegendo 175 deputados. Em simultâneo, José Eduardo dos Santos e Manuel Domingos Vicente foram eleitos Presidente e vice-presidente da República, respectivamente. Em segundo lugar, ficou a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), com 1.074.565 de votos (18,66 por cento), elegendo 32 deputados. A Convergência Ampla de Salvação de Angola-Coligação Eleitoral (CASA-CE) totalizou 345.589 votos (6 por cento), elegendo 8 deputados. O Partido de Renovação Social (PRS) conquistou 98.233 votos, representando 1,70 por cento, e elegeu 3 deputados. Com 1,13 por cento dos votos (65.163) ficou a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), que elegeu 2 deputados. Os restantes partidos e coligações concorrentes não chegaram a 0,50 por cento dos votos, pelo que, nos termos da lei, foram extintos. São eles: Nova Democracia-União Eleitoral (ND-UE), que conquistou 13.337 votos (0,23 por cento); Partido Popular para o Desenvolvimento (PAPOD), com 8.710 votos (0,15 por cento); Frente Unida para a Mudança de Angola (FUMA), com 8.260 votos (0,14 por cento) e o Conselho Político de Oposição (CPO), com 6.644 votos (0,11 por cento).
Eleições gerais de Agosto de 2017
O MPLA viria, novamente, vencer, com maioria qualificada, a quarta edição de eleições gerais, organizadas em 23 de Agosto de 2017.
O pleito de 2017 contou com a participação dos partidos políticos MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola), UNITA (União Nacional para a Independência Total de Angola), FNLA (Frente Nacional de Libertação de Angola), PRS (Partido de Renovação Social e APN (Aliança Patriótica Nacional), bem como a CASA-CE (Convergência Ampla de Salvação de Angola-Coligação Eleitoral).
O MPLA saiu da eleição em primeiro lugar, com 4.115.302 dos votos (61,077%). Com maioria qualificada, o partido no poder em Angola elegeu os seus candidatos a Presidente e Vice-Presidente da República, João Lourenço e Bornito de Sousa, respectivamente, bem como 150 dos 220 deputados à Assembleia Nacional.
Na segunda posição, ficou o partido então liderado por Isaías Samakuva (substituído, em Novembro de 2019, por Adalberto da Costa Júnior), a UNITA, com 1.800.860 dos votos (26,72%), o que lhe conferiu 51 dos 220 deputados eleitos.
A Convergência Ampla de Salvação de Angola-Coligação Eleitoral (CASA-CE) ficou em terceiro lugar, com 639.789 votantes, ou seja 9,49% da preferência dos eleitores, o que representa 16 mandatos parlamentares.
No quarto lugar, posicionou-se o PRS, com 89.763 votos (1,33%), o que representa dois deputados, e, na quinta posição, a FNLA, com 61.394 eleitores (0,91%), com direito a um parlamentar.
A APN ocupou a última posição, com 33.437 preferentes (0,50%), votação suficiente para evitar a extinção, mas insuficiente para conquistar um mandato.
Dos nove milhões 317 mil 294 cidadãos registados, votaram sete milhões 93 mil e 2 eleitores.
A abstenção colocou de fora da votação dois milhões 160 mil 832 cidadãos, ou seja 23,43%.
Quanto aos votos válidos, foram apurados seis milhões 817 mil 877, representando 96,13 porcento.
Os votos brancos ascenderam a 172.639 (2,43%), enquanto os nulos fixaram-se em 102.486 (1,44%).
HINO NACIONAL
Ó Pátria, nunca mais esqueceremos
Os heróis do quatro de Fevereiro.
Ó Pátria, nós saudamos os teus filhos
Tombados pela nossa Independência.
Honramos o passado, a nossa História,
Construindo no trabalho o homem novo.
Honramos o passado, a nossa História,
Construindo no trabalho o homem novo
Angola, avante!
Revolução, pelo Poder Popular!
Pátria Unida, Liberdade,
Um só povo, uma só Nação!
Angola, avante!
Revolução, pelo Poder Popular!
Pátria Unida, Liberdade,
Um só povo, uma só Nação!
Levantemos nossas vozes libertadas
Para glória dos povos africanos.
Marchemos, combatentes angolanos,
Solidários com os povos oprimidos.
Orgulhosos lutaremos pela paz,
Com as forças progressistas do mundo.
Orgulhosos lutaremos pela paz,
Com as forças progressistas do mundo
Angola, avante!
Revolução, pelo Poder Popular!
Pátria Unida, Liberdade,
Um só povo, uma só Nação!
Angola, avante!
Revolução, pelo Poder Popular!
Pátria Unida, Liberdade,
Um só povo, uma só Nação!
BANDEIRA NACIONAL
A Bandeira de Angola é composta de duas faixas horizontais, nas quais estão dispostas duas cores. A faixa de cima é na cor vermelho-rubro e a de baixo na cor preta.
Vermelho-rubro - Essa cor representa o sangue vertido pelos angolanos nas lutas contra a opressão colonial, pela libertação nacional e pela defesa da pátria.
Preta - Essa cor significa o Continente Africano.
Ao centro, há uma figura composta:
a) Por parte de uma engrenagem (roda dentada), que simboliza os trabalhadores e a produção industrial;
b) Por uma catana, a simbolizar os camponeses, a produção agricola e a luta armada;
c) Por uma estrela, que simboliza a solidariedade internacional e o progresso.
A cor amarela da roda dentada, da catana e da estrela representa as riquezas do país.
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INSÍGNIA DA REPÚBLICA
O emblema da República de Angola é formado:
a) Por uma secção de uma engrenagem (roda dentada), que representa os trabalhadores e a produção industrial;
b) Por ramagens de milho, café e algodão, que representam os camponeses e a produção agrícola;
c) Na base do conjunto há um livro aberto, símbolo da educação e da cultura e a imagem do sol nascente, que significa o novo País;
d) Ao centro, estão as figuras de uma catana e de uma enxada, que simbolizam o trabalho e o início da luta armada;
e) No alto, a imagem de uma estrela, a simbolizar a solidariedade internacional e o progresso;
f) Na parte inferior da insígnia existe uma faixa dourada com a inscrição "República de Angola".
Clique aqui para fazer download da Insígnia da República em formato vectorial.
Economia
Exuberância das águas e das matas próximas da capital. O turismo destaca-se pelas praias e pelo artesanato. A sua capital é Caxito.
Rica tradição histórica-cultural. Límpidas praias de águas cristalinas e possui o segundo porto mais importante do país, o do Lobito.
Exuberância das águas e das matas próximas da capital. O turismo destaca-se pelas praias e pelo artesanato. A sua capital é Caxito.
Natureza em plenitude e uma rica história. Misto de belas praias, lagoas bem preservadas e a omnipresente floresta do Maiombe.
Flora e fauna são variados e, nas reservas parciais da província, podem ser encontrados onças, leões e hipopótamos, entre outros exemplares.
A província detém uma gama considerável de minerais. Está a receber grandes investimentos nacionais e internacionais.
A província é famosa pelas suas pinturas rupestres. As actividades mais importantes são a produção de café, a pesca e o artesanato.
Atracções étnicas, naturais e históricas, belíssimos atractivos naturais e significativos monumentos históricos.
Essencialmente voltada para a área de extracção mineral e agro-pecuária, que representa 76 por cento da actividade económica da província.
Ponto forte no ecoturismo no meio de maravilhas da natureza. A Serra da Leba e as fendas de Tundavala são os seus cartões de visita.
O maior centro urbano e económico do país e também onde se encontra o principal porto. É a terceira mais populosa cidade lusófona do mundo.
A província possui uma grande indústria mineira, com a extracção de diamantes e ouro. Agricultura e a pecuária ganham paulatinamente espaço.
Na extracção de mineral, a província recolhe diamante, manganês e ferro. Na área agrícola: arroz, mandioca, milho e produtos hortícolas.
Conhecida como a província da Palanca Negra Gigante. Malanje é uma província essencialmente agrícola. O turismo é diversificado.
A maior província de Angola em território. Há uma grande pesca artesanal, produção pecuária e agrícola.
É o terceiro maior porto de Angola, depois de Luanda e Lobito. Possui o terminal do Caminho-de-Ferro de Moçâmedes (CFM).
Destaca-se pela sua bacia hidrográfica, com clima quente. Cultivo de café, mandioca, dendém, amendoim, batata doce, feijão, cacau e sisal.
Forte na extracção mineral, petróleo, ferro, zinco, asfalto e fósforo. Na indústria, pesca e materiais de construção.
Quinta, 28 Novembro de 2024 | 14h10
Quinta, 28 Novembro de 2024 | 13h54
Quinta, 28 Novembro de 2024 | 13h48
Quinta, 28 Novembro de 2024 | 13h47
Quinta, 28 Novembro de 2024 | 13h42
Terça, 26 Novembro de 2024 | 00h28
Sexta, 22 Novembro de 2024 | 18h40
Sexta, 22 Novembro de 2024 | 06h35
Quinta, 21 Novembro de 2024 | 16h53
Segunda, 25 Novembro de 2024 | 11h09
Quinta, 07 Novembro de 2024 | 16h26
Quinta, 31 Outubro de 2024 | 19h43
Segunda, 04 Novembro de 2024 | 17h11
Domingo, 10 Novembro de 2024 | 06h52
Segunda, 04 Novembro de 2024 | 16h47
Quinta, 28 Novembro de 2024 | 14h10
Quinta, 28 Novembro de 2024 | 13h54
Quinta, 28 Novembro de 2024 | 13h48
Quinta, 28 Novembro de 2024 | 13h47
Quinta, 28 Novembro de 2024 | 13h42
Terça, 26 Novembro de 2024 | 00h28
Sexta, 22 Novembro de 2024 | 18h40
Sexta, 22 Novembro de 2024 | 06h35
Quinta, 21 Novembro de 2024 | 16h53
Segunda, 25 Novembro de 2024 | 11h09
Quinta, 07 Novembro de 2024 | 16h26
Quinta, 31 Outubro de 2024 | 19h43
Segunda, 04 Novembro de 2024 | 17h11
Domingo, 10 Novembro de 2024 | 06h52
Segunda, 04 Novembro de 2024 | 16h47