Luanda - Um projecto turístico para a valorização da identidade cultural e estabelecer uma ponte entre Angola e a sua diáspora foi apresentado, hoje, quinta-feira, em Luanda, pelo director geral do Instituto de Fomento do Turismo (Infotur), Afonso Vita.
Segundo o seu mentor, Afonso Vita, a "Rota Turística e Cultural de Escravo em Angola", que arranca em 2024, surge de um trabalho de doutoramento defendido na universidade de Coimbra (Portugal), tendo como base a história de mais de 500 anos de escravidão.
Ao ser operacionalizado, o projecto permitirá que pessoas nacionais e estrangeiras obtenham conhecimentos sobre a história da escravatura, como os locais de concentração, venda e embarque, bem como as áreas de grande interesse.
Neste contexto, a rota foi desenhada para um périplo de 10 dias, passando por quatro pontos importantes da história do tráfico, nomeadamente, o município do Soyo (Zaire), Ambriz (Bengo), comuna de Massangano (Cuanza Norte) e Luanda, sendo o ponto final Mbanza Longo, onde realizar-se-á o Festival Bianual de encontro da Africanidade de Angola.
Afonso Vita referiu que será igualmente lançado, em Agosto de 2023, um livro sobre o assunto, por ocasião da celebração do Dia Internacional dos Escravos.
Hoje foi disponibilizado uma brochura onde vem ilustrada a imagem e história de figuras angolanas, a geografia da rota de escravo, bem como o actual circuito da rota turística e cultural.
Afonso Vita destacou ainda a necessidade de melhorias dos locais e vias de acesso a áreas turísticas, referindo-se à cidade do Dondo, que considerou fundamental para a dinamização do transporte fluvial até Massangano, destacando esta última como uma rota turística "fabulosa". ANM/ART