Lobito – Novos roteiros turísticos, referências históricas e arquitetônicas, bem como aspectos culturais dos povos que passaram a ocupar a província de Benguela, são elementos apresentados na sétima edição da revista digital “Hotéis de Angola”, apurou esta sexta-feira a ANGOP.
De acordo com o director daquela plataforma digital, Jorge Nunes, a revista, lançada na última quinta-feira (27), vai ajudar os turistas a conhecer melhor os locais onde pretendem chegar.
Explicou que nesta edição podem ver-se imagens relacionadas a lugares diversos, peças de artesanato, zonas balneares, bem como entrevistas e sugestões de pessoas contactadas nos locais.
“Enquanto plataforma "Hotéis de Angola", somos o principal portal a promover os pontos turísticos do país, de uma maneira específica”, afirmou.
Questionado sobre a dificuldade dos angolanos fazerem turismo internamente, Jorge Nunes apontou como solução, o aumento da oferta em infra-estruturas, melhorar o fornecimento de energia, água e boas estradas.
No que toca à abertura do Executivo sobre a concessão de vistos de turismo a mais de 90 países, disse que “o Governo mostrou boa vontade, mas deve ser o sector privado a trabalhar mais. Temos de fazer a nossa parte”.
A revista “Hotéis de Angola” foi produzida pela primeira vez em 2014, de forma impressa, mas devido aos custos elevados, passou a plataforma digital, desde 2021.
Para o sócio-gerente da fábrica de bebidas espirituosas “Caxaramba”, que albergou o evento, deve-se apostar no turismo local, já que passam pela província de Benguela turistas vindos dos países vizinhos, como a Namíbia e África do Sul, utilizando a estrada nacional EN100, com destino a Luanda.
Disse também que é preciso promover as visitas guiadas, fazendo alusão a lugares onde os turistas possam apreciar, tanto a gastronomia como a bebida feita em Angola, como a aguardente de cana, produzida na sua fábrica.
“As pessoas procuram, cada vez mais, destinos diferentes e nós temos de direccioná-las para conhecer a nossa história. Isso é que vai trazer resultados a nível turístico”, afirmou Ricardo Guerra.
Segundo o empresário, a província tem tudo para dar certo, embora ainda haja muita coisa por se fazer.
Por sua vez, o director do Gabinete Provincial de Cultura, Juventude e Desportos, Pascoal Luís, aconselhou a olhar-se para o sector do turismo como uma indústria do futuro, porque vai proporcionar muitos serviços e dar emprego a juventude.
“Existem várias iniciativas em curso, como o PlanaTur, que conta com o apoio do Governo em grande escala, nomeadamente no melhoramento das infraestruturas, empregabilidade e formação dos recursos humanos”, afirmou.
Pascoal Luís enalteceu o Aeroporto Internacional da Catumbela como uma infra-estrutura que vai tornar o turismo num “sector robusto”, para responder às exigências da província de Benguela e do país. TC/CRB