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ANAGERO defende concessões de espaços aos operadores turísticos

     Turismo              
  • Cuando Cubango • Quinta, 09 Janeiro de 2025 | 14h42
PCA da ANAGERO, Ruí Lisboa
PCA da ANAGERO, Ruí Lisboa
Maurício Sequesseque-ANGOP

Menongue - O presidente do Conselho da Administração da Agência Nacional para a Região do Okavango (ANAGERO), Rui Lisboa, defendeu hoje, quinta-feira, a necessidade do Governo da província do Cuando acelerar o processo de concessões de espaços aos operadores turísticos, que têm interesse em investir e desenvolver o turismo na área do Bico de Angola, município do Luiana.  

Em entrevista à ANGOP, a propósito da divulgação, pelo jornal norte-americano New York Times, num dos seus artigos, da listagem de Angola como destino turístico, em 2025, que integra 52 países, Rui Lisboa considerou o facto de capital importância, porquanto a ocasião irá permitir que turistas estrangeiros venham observar a vida selvagem no Bico de Angola, situado no Cuando.

Um dos destinos de Angola serão os parques nacionais de Mavinga e Luengue-Luiana, na província do Cuando, que representam, actualmente, o cenário ideal para a observação da vida selvagem em Angola, através daquela Região do Okavango.

Por isso, Rui Lisboa apontou a aceleração do processo de concessões de espaços, na zona do Bico de Angola, aos operadores turísticos que solicitaram ao Governo do Cuando Cubango, anteriormente, agora do Cuando, aquando da realização do 1º Fórum, para a construção de empreendimentos turísticos.

“Esperamos que, no âmbito do novo Governo da província do Cuando, esse problema possa ser resolvido, para que os turistas encontrem acomodação digna na região e, por outro lado, que seja resolvida a construção do posto fronteiriço do Bico de Angola, essencial para permitir a entrada de turistas, a partir da Namíbia”, vaticinou o PCA.

Recordou que são empresários que assinaram memorandos de entendimento no 1º Fórum de Investidores, realizado, em Menongue, em Janeiro de 2024, e que já visitaram a Região Angolana do Okavango, bem como identificaram as áreas preferenciais para a implementação dos seus projectos e cumpriram com as exigidas da Lei de Terras.

Assegurou, igualmente, que a instituição que dirige já trabalhou com o Instituto Geográfico e Cadastral de Angola (IGCA), na identificação, delimitação e demarcação dos espaços, pelo que os empresários já solicitaram ao Governo da então província do Cuando Cubango e entidades que intervêm no processo de atribuição de terrenos.

Sinalizou que, por conta da implementação da Divisão Político-Administrativa (DPA), as áreas preferenciais são da província do Cuando e, a qualquer momento, a ANAGERO irá trabalhar com o Governo desta região, para a resolução célere da questão em causa, que pode condicionar a vinda de turistas para aquela região.

De acordo com o gestor da Agência Nacional para a Região do Okavango, a construção do Posto Fronteiriço do Bico de Angola é a opção mais viável para atrair turistas para a região do Bico de Angola, em função de algumas dificuldades ainda existentes de acesso àquela zona, a partir de Angola.

Por isso, sublinhou Rui Lisboa, está lançado esse desafio, uma vez que existe, ainda, muito trabalho para que, de facto, o país, a partir da Região Angolana do Okavango, aproveite o interesse que os turistas nacionais e internacionais já demonstram.

“O que falta é a disponibilização de verbas para a construção, porque em 2023 já tinha sido aprovada a construção de quatro postos na região, concretamente o Posto Fronteiriço do Dirico, Mucusso, Bwabwata e do Bico de Angola. Os projectos já foram elaborados, no âmbito da comissão multissectorial”, detalhou.

De acordo com a fonte, o interesse dos turistas visitarem o Bico de Angola é evidente, mas é necessário preparar as condições básicas para a sua acomodação e permitir que desfrutem de toda a riqueza natural e cultural da região angolana.

O gestor da ANAGERO disse contar com o apoio das novas entidades, nomeadamente o governador do Cubango, José Martins, e do Cuando, Lúcio Gonçalves Amaral, para que se resolva a questão da atribuição das concessões de espaços, para os empresários integrados no circuito turístico da região do Projecto Okavango-Zambeze, dinamizar toda a vida turística.

Destacada área de convergência da fauna do Bico de Angola

Rui Lisboa afirmou que a área do Bico de Angola já desponta grandes manadas de elefantes, búfalos e outras espécies emblemáticas da fauna mundial, que muito atraem os turistas, numa altura em que já foram realizadas diversas actividades promocionais.

Destas actividades mencionadas destaca-se o Raid Okavango, onde participaram 120 operadores turísticos de Angola, Namíbia, Botswana, Zimbabwe, Itália, França e da África do Sul.

Estes operadores, prosseguiu, manifestaram o interesse de incluir, nos seus pacotes turísticos regionais, a Região Angolana do Okavango, principalmente a área do Bico de Angola, tida como a mais atractiva em termos de observação da vida selvagem.

Destaca-se ainda a proximidade do Bico de Angola, município do Dirico, ao território namibiano, por conta da fronteira sul, em que os turistas do país vizinho que circulam a escassos metros da parte angolana podem entrar ao Bico de Angola e desfrutarem da observação da vida selvagem, para além dos atractivos cultural, natural e histórico.

2ª Edição do Raid Okavango 2025 celebra 50 anos da Independência

O presidente da Agência Nacional para a Região do Okavango anunciou, para Setembro próximo, a realização da 2ª Edição do Raid Okavango, que visa celebrar os 50 anos da Independência Nacional, a assinalar-se a 11 de Novembro próximo.

A primeira edição decorreu em 2024.

Rui Lisboa realçou que a 2ª edição visa, mais uma vez, levar os turistas nacionais e estrangeiros a visitar os locais emblemáticos da história de Angola e desfrutarem de toda riqueza natural e cultural daquela região, bem como celebrar a existência, agora, de duas províncias do Cuando e a do Cubango.

Avançou que, para esta edição, em que se espera a participação de 100 a 150 operadores turísticos, entre nacionais e estrangeiros, estão a ser lançadas as bases, através de estabelecimentos de contactos preliminares, mas que maior parte já mostrou interesse em fazer parte, em função da realidade deslumbrante da região por eles testemunhada.

Esta 2ª Edição, explicou o entrevistado, terá um itinerário diferente da primeira, partindo da nascente do Okavango, na província do Huambo, visita ao município do Cuvango, na Huíla, seguindo para Menongue, capital do Cubango, e vila do Cuito Cuanavale (Cuando).

Naquela vila, prosseguiu, os turistas serão informados sobre a história da Batalha do Cuito Cuanavale, decorrida entre 1987 a 1988.

Do Cuito Cuanavale, a caravana, com 30 a 40 viaturas, partirá para Mavinga, Rivungo, Jamba sede, e daí para o Bico de Angola, durante dois dias nesta última zona, para desfrutar de toda a riqueza natural da região, observando a vida selvagem no seu habitat. Em seguida a viagem dos turistas parte para o Cunene, entrando a partir do território namibiano.

Consta do itinerário a passagem pelas províncias da Huíla, Benguela e Luanda, para aqueles turistas cujo ponto de partida para as terras de origem será a capital de Angola.ALK/FF/PLB  

   

 





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