Lubango - Os representantes do Turismo de Cabo Verde, Portugal e Marrocos, recomendaram hoje, sexta-feira, no Lubango, província da Huíla, às autoridades angolanas, uma melhor gestão do território, para o desenvolvimento de um turismo mais sustentável em todas as áreas.
A recomendação foi feita quando dissertavam o tema, “O papel da Estado na Dinâmica do Turismo”, no fórum sobre Turismo de Angola, Oportunidades e Desafios, sob o lema “O Turismo como factor determinante para a diversificação da Economia em Angola”, onde foram apresentadas experiências desses países cinvidados.
O administrador do Executivo do Instituto do Turismo de Cabo Verde, Francisco Sanches Martins, realçou que Angola é um território com uma natureza “riquíssima” e deve trazer o turismo sem pôr em causa a sustentabilidade das gerações futuras.
Apontou como exemplo do seu país, onde o mar é rico e têm uma política de protecção das tartarugas e a missão de proteger essas espécies, consumindo menos plásticos.
Angola, prosseguiu, pode seguir essa prática dos países em via de desenvolvimento e Cabo Verde está a fazê-lo, para reduzir ao máximo possível a utilização das garrafas plásticas nos eventos, optando por biodegradáveis.
Detalhou que o pendor cultural é a base para o desenvolvimento, visto que o que atiça as pessoas a visitar certos países e o que os “prende” são a sua música, a gastronomia e a natureza.
Na mesma senda, o representante nacional do Turismo de Marrocos para África, Ahmad Oumaarir, realçou, que para o desenvolvimento do turismo, o seu Estado criou incentivos de parcerias público-privadas, para a redução das barreiras fiscais e a diversificação dos mercados.
Segundo o responsável é preciso apostar-se no turismo interno como um elemento de equilíbrio face às crises recorrentes a nível internacional, promovendo acordos estratégicos com as companhias aéreas, para se poder aumentar o fluxo.
Por sua vez, o presidente do Turismo de Portugal, Carlos Manuel Sales Abade, afirmou que o seu país é o 12º destino mais visitado do mundo, atingiu em 2023 os “melhores” números, com 30 milhões de visitantes, o que rendeu 25 mil milhões de euros e o segredo está na “boa planificação e gestão do território".
Essa planificação e gestão do território, segundo o dirigente luso, inclui as atribuições do turismo, tendo em conta a utilidade, a regularização, w fiscalização, a qualificação, os estímulos e o apoio ao empresariado do ramo, para promover outras fontes de financiamento para a actividade privada, por isso o turismo interno que representa 30% do PIB de Portugal.
Entretanto, o director-geral do Instituto de Fomento Turístico (INFOTUR), Afonso Vita, considerou serem questões que impactam directamente o futuro do turismo em Angola, como a estruturação dos recursos turísticos, o ordenamento e as concessões turísticas.
Sublinhou que os colegas que o antecederam fazem parte de países líderes e profissionais do turismo, com experiência reconhecida internacionalmente, pelo que foi uma grande oportunidade compartilhar ideias, experiências e aprendizagem de boas práticas.
O objectivo do fórum foi o de promover um diálogo aberto e construtivo que resulte em acções tangíveis para o crescimento do turismo de Angola, criando oportunidades económicas, preservando o nosso património cultural, natural e promovendo sempre a inclusão social. BP/MS