Talatona – O ministro do Turismo, Márcio de Jesus Lopes Daniel, afirmou, esta quarta-feira, em Luanda, que será feito um diagnóstico ao sector para melhor conhecimento dos constrangimentos que impedem a maximização e a vinda, em grande escala, de turistas ao país.
O governante, que falava na cerimónia de passagem de pastas, na sequência da separação do Ministério da Cultura e Turismo, disse que a aposta será igualmente em acções que visem o fomento do turismo interno.
Para o alcance destes desafios, Márcio de Jesus Lopes Daniel referiu que, após o diagnóstico, serão apresentadas soluções que estejam a altura dos constrangimentos detectados.
Reforçou que, para esta tarefa, vai contar com o empenho dos quadros existentes, uma vez que as suas experiências poderão contribuir bastante para que sejam ultrapassados os desafios que se colocam ao sector.
"Olhar para os principais constrangimentos que possam existir, bem como ouvir os principais operadores do turismo, nos vários domínios, desde hotéis e resort, locais turísticos e agências de turismo sobre a sua visão e constrangimentos existentes", sublinhou.
Por sua vez, o ministro da Cultura, Filipe Zau, que respondia pelo sector do turismo, salientou que houve a necessidade de separação das duas áreas, apesar de reconhecer a complementariedade em vários aspectos, afirmando que ambas as áreas não vivem sem a outra, por causa do turismo ambiental, cultura e a sustentabilidade ambiental.
Felipe Zau explicou que a independência das duas áreas visa o desenvolvimento económico, sua diversificação e bem-estar social.
Sobre os desafios do sector que dirige, referiu que a aposta é o desenvolvimento do Plano Nacional da Cultura, que estará em abordagem no IV Simpósio, em preparação, onde serão definidas as acções prioritárias da política cultural para os próximos anos.
"Temos estado a trabalhar para a melhoria da qualidade e empregabilidade do artista e a responsabilidade com o património cultural e o desenvolvimento dos museus", disse.
Fundamentou que essas acções vão desenvolver o turismo, acrescentando que o turista não vem para ficar no hotel, mas para conhecer locais, história, músicas, danças e outras manifestações culturais.
Apontou também como desafios a recuperação das salas de teatro. VS/SC