Cazombo - O ministro da Cultura e Turismo, Filipe Zau, informou, esta terça-feira, na vila de Cazombo, ser pretenção a implementação do turismo sustentável nesta região mais a leste do país.
Ao falar à imprensa após uma visita de trabalho de algumas horas no Alto Zambeze, durante a qual reuniu-se com a Rainha do povo Luvale, Nhacatolo Tchissengo, disse que o turismo sustentável será criado por via das comunidades turísticas organizadas em cooperativas.
Reconheceu que o municípo, que dista a 516 quilómetros a leste do Luena, cidade capital do Moxico, é rico culturalmente.
Nessa esteira, o governante apontou a circulação dos comboios turísticos que passam pelo município do Luau, última estação do Caminho-de-Ferro de Benguela (CFB), e que se separa por mais de 200 quilómetros do Alto Zambeze, como elo importante para a efectivação do projecto.
Disse ter deixado ideias concretas à Administração Municipal local para a concretização do turismo sustentável.
Quanto ao pedido da Rainha Nhacatolo de incluir, no notíciário da Televisão Pública de Angola (TPA) assuntos relatados em língua Luvale, Filipe Zau informou que já é do conhecimento do Ministério das Telecomunicações, Tecnologia de Informação e Comunicação Social, “e neste momento estão a procurar de intérpretes para a sua concretização”.
Os luvales é o segundo grupo étnico mais abundante da região, depois do Cokwe, mas mais expressivos no município do Alto Zambeze. É um povo que têm origem étnica no Reino Mwantiavwa, ou seja, Lunda/Cokwé, e dele é símbolo de soberania a Rainha Nyakatolo – a Mãe dos Valwena ou Valuvale.