Huambo – Mais de 100 turistas nacionais e internacionais são aguardados na I edição do Raid Okavango, a decorrer de 20 e 26 de Setembro próximo, com o objectivo de promover os atractivos turísticos da região angolana.
O evento, uma iniciativa da Agência Nacional para a Gestão da Região do Okavango (ANAGERO) visa, essencialmente, atrair turistas, operadores turísticos, potenciais investidores e jornalistas que são amantes do turismo de aventura e que podem no futuro desenvolver as suas actividades na região do Okavango.
Em declarações, esta sexta-feira, à ANGOP, o presidente do Conselho de Administração da ANAGERO, Rui Lisboa, disse que o Raid terá início no município da Chicala-Cholohanga (Huambo) e termina na região do Bico de Angola (Cuando Cubango), que constitui a maior área de conservação da vida selvagem do país.
Salientou que a aventura turística, com uma previsão de 40 viaturas, vai comportar áreas de interesse turístico de três regiões que acolhem as nascentes de água do Okavango, nomeadamente as províncias do Huambo, do Bié e do Cuando Cubango.
Acrescentou que na província do Cuando Cubango, o evento vai abranger as localidades do Cuangar, Dirico, Luiana Sede e o Bico de Angola, cujo regresso será feito pela via de Caprivi, com uma pernoita no Rundu, República da Namíbia, promovendo, deste modo, o turismo transfronteiriço, que é uma das principais bandeiras do projecto Okavango-Zambeze.
Informou que a actividade, cujo sucesso determinará a realização das próximas edições e periodicidade, tem como base atrair os milhares de turistas que anualmente visitam a parte namibiana e o Delta do Okavango no Botswana, para que também conheçam, desfrutem e valorizem toda riqueza natural, cultural e histórica da região angolana.
Rui Lisboa fez saber que Angola é a principal fonte de água que alimenta, em 90 por cento, o Delta do Okavango, sendo que a parte do Botswana é considerada, actualmente, património mundial e uma das Sete Maravilhas do Mundo.
Adiantou que para o Raid, a organização disponibilizou três pacotes, que vão dos 182 mil 880 e 344 mil 193 Kwanzas, numa altura em que 80 turistas nacionais e estrangeiros (portugueses e espanhóis) já fizeram as suas inscrições e o respectivo pagamento.
Rui Lisboa disse que as inscrições continuam a decorrer no site www.raidokavango.ao.
A componente angolana desta área transfronteiriça da conservação Okavango/Zambeze é de 90 mil quilómetros quadrados, integrados pelos municípios do Cuito- Cuanavale, Mavinga, Rivungo, Dirico e Nagove e a parte integrante de dois parques nacionais,nomeadamente Luenga Luana e Mavinga.
O projecto regional Okavango/Zambeze (KASA), lançado em 1993, constitui a maior iniciativa transfronteiriça do Continente Africano, com 444 mil 462 quilómetros quadrados.
Liga 36 áreas de conservação a nível de Angola, Zâmbia, Zimbabwe, Botswana e Namíbia, na região da África Austral. ALH