Lubango – A Associação de Guias de Turismo e Servidores Artísticos de Angola (AGTSA) considerou hoje, sexta-feira, no Lubango, que a isenção de vistos de turismo e negócios dos cidadãos do G20 e da CPLP constitui um desafio para melhorar a oferta turística interna, a julgar pela afluência de viajantes.
Em declarações à ANGOP, o presidente da AGTSA, Carlos Bumba, afirmou que os turistas que se sentirem, atraídos por essa medida, virão com expectativas altas sobre o “novo”, o que vai obrigar à uma resposta à altura destes anseios.
Avançou que tais respostas passam por um plano pragmático que inclui diligência e simpatia nos serviços de migração, melhoria da segurança rodoviária, atendimento célere e humanista nas instituições de utilidade pública e na oferta básica do turismo (transporte, alojamento e alimentação).
Defendeu a melhoria do ambiente de comércio no país, pois o turista é um potencial investidor, empregador e ainda catalisador de investimentos, pelo que se for “bem acolhido” voltará para fazer negócios, trazendo valor acrescido para o país.
“É um passo já esperado por algum tempo e saudamos. Os guias de turismo estão prontos e preparados para atender, acompanhar, instruir, orientar, oferecer, vender, divulgar a imagem de Angola e acomodar qualquer visitante”, reforçou.
Lançou um repto ao Governo, para que continue a pôr o sector do turismo na cimeira das estratégias, olhando para o planeamento e execução das políticas públicas, pelo que os passos subsequentes devem ser o aprimoramento dos sistemas de educação, saúde, saneamento básico e a logística.
Carlos Bumba apelou à Comissão Económica e da Economia Real do Conselho de Ministros para que inste o sector bancário a conceder crédito aos agentes e operadores do turismo, um segmento “esquecido” pelo Aviso 10 do BNA.
Esta medida enquadra-se num pacote legislativo que visa estimular e dinamizar a economia, que foi apresentado no final da 5.ª reunião da Comissão Económica do Conselho de Ministros. Nela, os cidadãos de países da CPLP ou do G20 vão estar isentos do pagamento de visto de negócios ou turismo, até 30 dias, nas viagens para Angola.
Com essa isenção, o Governo angolano busca fomentar o turismo, comércio e, consequentemente, aumentar os postos de emprego nos diferentes sectores da economia. Inserida na agenda económica e nas medidas de estímulo à economia nacional, a medida tem, na essência, um pendor económico e não apenas migratório.
A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) é constituída por nove Estados-membros, nomeadamente Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Portugal, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
O G20 é composto por 19 países (Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, República da Coreia, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Turquia, Reino Unido e Estados Unidos da América) e a União Europeia. EM/MS