Menongue - A construção de lodges, a implementação de zonas específicas para o campismo e realização da pesca desportiva destacam-se nas prioridades dos investidores nacionais e estrangeiros da Região angolana do Okavango, concretamente na província do Cuando Cubango.
Em declarações à ANGOP, no quadro da visita de campo que inicia hoje, quarta-feira, no interior da região, o general Adriano Makenze, representante das Organizações Coutadas do Luiana (OCL), disse que, numa primeira fase, tem em carteira a implementação de três lodges nas áreas do Luengue, Lutondo e Lumuna e um outro na área de Mpupa.
A serem implantados nos municípios do Calai, Dirico e Rivungo, Adriano Makenze disse que a acção vem em resposta dos memorandos assinados com a Agência Nacional para a Gestão da Região do Okavango (ANAGERO), no I Fórum de Investidores, realizado entre 17 e 22 de Janeiro do corrente ano.
Detalhou que, ao longo da margem esquerda do rio Cuito, serão construídos dois acampamentos de pesca desportiva, especificamente nas áreas de Cangonga e nas proximidades de Mupupa, bem como duas áreas de reprodução e conservação animal, sendo uma nas proximidades da nascente do rio Luengue e outra nas imediações da nascente do rio Tondo.
A área do projecto, segundo o responsável, está servida por duas pistas, a do Licua e de Mpupa.
“Estamos muito empenhados em participar no desenvolvimento turístico da província do Cuando Cubango dentro das linhas orientadoras, quer do Governo da província, quer das entidades superiores a nível central”, sublinhou.
Por seu turno, o investidor de nacionalidade italiana, Simone Micheletti, representante da empresa Wild Walteres, que actua nas repúblicas da Namíbia e do Botswana, anunciou a construção de um lodge na área do Binório, região adjacente à reserva do Luiana (Rivungo).
Afirmou que a sua empresa conta com mais de 30 anos de experiência em turismo, sendo pioneira no Delta do Okavango e no Victoria Falls, com um pendor no apoio social às comunidades por meio do turismo, actividade que já mereceu vários prémios internacionais.
Fez saber que o seu objectivo na região é estabelecer um produto turístico de alto rendimento, para criar um destino e uma marca na região.
“O delta do Okavango, no Botswana já é uma marca. Queremos fazer, igualmente, uma marca nesta região. Será criada uma jóia de turismo na região. O potencial turístico e a beleza paisagística são uma realidade, bem como a vida selvagem abundante”, descreveu o investidor.
Assegurou que, no quadro do desenvolvimento das suas actividades, será dado um suporte significativo às comunidades, no âmbito das suas responsabilidades sociais, na perspectiva de emprego, apoio à educação e a consciencialização ambiental.
Para o empresário, Angola tem um território totalmente novo, com produtos que podem ser conhecidos, desde às maravilhas naturais, animais e a sua cultura, todavia precisa-se melhorar as vias de acesso e construir aeroportos para facilitar a chegada dos interessados aos destinos turísticos. MSM/ALK/FF/PLB