Lubango - O papel do turismo como alavanca para a diversificação da economia angolana deixou de ser uma aposta politicamente duvidosa, pois actualmente os serviços e produtos turísticos existentes no país são mais divulgados, afirmou hoje, sexta-feira, nesta cidade, o ministro do Turismo, Márcio Daniel.
O ministro apontou a segregação da função turismo e sua autonomização em novo departamento ministerial, entre outras acções do Executivo que permitiram, nos últimos anos, o fim do controlo migratório nos voos domésticos.
Essa estratégia permitiu ainda a remoção dos postos de controlo policiais nos limites territoriais intermunicipais, a indicação, para este ano, da retoma dos voos regionais a partir do aeroporto da Catumbela e do Lubango e a dinamização dos passeios turísticos ferroviários.
Ao discursar na cidade do Lubango, no acto central do Dia Mundial do Turismo, o governante declarou que tais medidas serviram para situar o turismo no panorama da actualidade económica nacional, e é chegada hora de apresentar à sociedade os eixos estratégicos para o desenvolvimento do sector.
Ainda assim, disse o ministro, apesar dos ganhos, ainda há um “longo” percurso para fazer do turismo um segmento central da economia e um mecanismo de diversificação de arrecadação de receitas.
A diversidade e a qualidade do potencial turístico, segundo o ministro, desde a floresta tropical ao árido do deserto, das praias à savana povoada por muita vida animal, exigem que o Executivo estabeleça prioridades para o desenvolvimento turístico no país.
Por sua vez, o governador da Huíla, Nuno Mahapi, ressaltou que o turismo não é apenas uma fonte de receita, mas também, um “poderoso” instrumento de intercâmbio cultural, que valoriza e promove a diversidade da população.
Sublinhou a importância de investir nas infra-estruturas, na capacitação de profissionais e na promoção de destinos que ofereçam experiências que atraiam os turistas, destacando o que a província tem de melhor.
“É importante continuar a trabalhar em parceria com o sector privado e as comunidades locais para criar um ambiente propício ao crescimento do turismo sustentável, que não só gere empregos e riquezas, mas também fortaleça a nossa identidade cultural”, continuou.
Executivo convicto na certificação dos aeroportos da Mukanka e Welwitchia
Márcio Daniel disse estar certo da certificação, em breve, dos aeroportos do Lubango e do Namibe para voos internacionais, pois serão catalisadores de um desenvolvimento mais “robusto” do turismo no sul de Angola.
"Temos a convicção de que a estruturação da oferta turística nessas duas províncias, de modo focado, tem o potencial para aproveitar parte do fluxo de turistas cujo destino final é a vizinha República da Namíbia", continuou.
Frisou que a criação do programa Stop Over Angola, numa parceria entre o INFORTUR e a TAAG, contribuirá para desviar o fluxo de turistas para aquele país.
O Dia Mundial do Turismo decorre sob o lema "Turismo e Paz". EM/MS