Luanda – O Plano Nacional de Promoção Turística (PLANATUR) foi apresentado, esta semana, na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, nos Estados Unidos da América (EUA), com vista à divulgação do potencial turístico que Angola oferece.
Segundo uma nota de imprensa a que a ANGOP teve acesso hoje, esse documento foi entregue pelo representante permanente de Angola nas Nações Unidas, Francisco José da Cruz, no âmbito da Semana da Sustentabilidade da ONU, que decorre desde segunda-feira, 15 de Abril.
De acordo com a nota, o PLANATUR visa assegurar investimentos directos em grande escala, para facilitar o acesso dos turistas em Angola e a sua mobilidade interna.
Esse plano pretende ainda desenvolver infra-estruturas de serviço público, salvaguardar a formação e qualificação do pessoal para a prestação de serviços e melhorar o quadro legal e regulatório da actividade turística no país.
Conforme o embaixador Francisco José da Cruz, o potencial turístico de Angola pode contribuir directa ou indirectamente para o cumprimento da Agenda 2030 das Nações Unidas, com destaque para o crescimento económico inclusivo, consumo e produção, bem como a utilização sustentável dos oceanos e dos recursos marinhos, respectivamente.
“Angola tem um forte potencial no turismo, o que representa uma oportunidade excepcional para potenciar o processo em curso de diversificação da economia do país”, realçou
Citado na nota, o diplomata angolano referiu também que o sector do turismo pode desempenhar um papel significativo na agenda de desenvolvimento sustentável do país, criando empregos, distribuindo oportunidades económicas e melhorando a qualidade de vida das comunidades.
Zona de Comércio Livre melhora turismo continental
Por outro lado, o embaixador Francisco José da Cruz, que apresentou, igualmente, uma declaração do Grupo Africano àsede das Nações Unidas, sublinhou que a Zona de Comércio Livre Continental Africana (ZCLCA) oferece uma oportunidade única, para melhorar o papel do turismo na integração continental, criação de emprego e no desenvolvimento sócio-económico do “continente berço”.
Essa declaração realça ainda que, em 2022, o sector do turismo teve um impacto significativo, em África, contribuindo com 6% para a sua economia, para além de sustentar 22 milhões de empregos e injetar 168 mil milhões de dólares no Produto Interno Bruto (PIB) de África.
Essa contribuição, avança o documento, destacam o papel vital do sector no tecido económico do continente, que em 2023, atraiu mais 80 milhões de turistas internacionais, confirmando o seu estatuto como um destino de viagem de primeira linha.
De acordo com a declaração do Grupo Africano, o turismo em África transcende as estatísticas económicas, sendo uma vibrante expressão da vasta herança cultural e diversidade, celebrada através de mais de três mil grupos étnicos e línguas em todo o continente.
Considera também o turismo como uma indústria complexa que requer uma forte colaboração internacional, pois, para além de gerar benefícios económicos, o turismo também desempenha um papel fundamental na promoção da consciência global e na promoção da paz.
Durante o mês de Abril do ano em curso, Angola vai presidir o Grupo Africano, em Nova Iorque. FMA/QCB