Luanda - Oitenta mil angolanos e residentes retidos foram transportados pela TAAG para as suas origens, nos últimos meses, no quadro do retorno dos cidadãos as zonas de origem.
Os números avançados pelo ministro dos Transportes, Ricardo de D'Abreu, apontam também o transporte de oito mil toneladas de material de biossegurança proveniente de vários países, com destaque para a China.
O governante, que procedeu a abertura da 52ª conferência da African Airlines Association (AFRAA), Assembleia Geral Anual (AGA), que passa a ser dirigida pela TAAG, destacou o desempenho da companhia aérea de bandeira durante este período de pandemia, a cisão da ENANA e a criação de duas novas entidades.
Angola, de acordo com Ricardo de D'Abreu compromete-se a preservar o ecossistema da Aviação Civil com todo o apoio governamental.
Ricardo Viegas D’Abreu admite ser um ano muito desafiante para todos e em todos os domínios da vida, em particular para a indústria aeronáutica, que está entre os sectores mais afectados.
"Estamos todos conscientes da importância que este sector representa em todos os aspectos da vida e o papel que a aviação desempenha na facilitação do comércio e no crescimento das economias é inegável", sublinhou.
Conforme o ministro, a medida que navegam colectivamente, procura emergir da pandemia mais resilientes mais organizada e mais determinada a ter sucesso do que antes.
Angola abriu o seu espaço aéreo internacional a 21 de Setembro, permitindo às companhias aéreas iniciar serviços dos seushubs locais para Luanda.
Esta acção está a ser feita em coordenação com as autoridades nacionais da Saúde e seguindo os protocolos e orientações definidas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela Organização Internacional da Aviação Civil (OACI).
Sector da Aviação dá passos
O Executivo angolano, acrescentou, reviu o novo Quadro Jurídico e Regulamentar da Autoridade da Aviação Civil, capacitando-a para se tornar mais proactiva, quer na supervisão do sector quer na criação de políticas progressivas que permitam o país alinhar e crescer com a 4ª Revolução Industrial liderada pelas economias mundiais.
O ministro adiantou ainda que o país está a investir em infra-estruturas, como o novo Aeroporto Internacional de Luanda.
Esta infra-estutura, disse, constituirá um dos maiores aeroportos de África, com capacidade para 15 milhões de passageiros/ano, um volume de mercadorias de 50 mil toneladas/ano e ocupando uma área de 1.324 hectares.
Contempla duas pistas duplas e está dimensionado para receber aeronaves do tipo B747 e A380 - actualmente o maior avião comercial.
Confiante na superação dos efeitos da pandemia, acredita que, como africanos, o ano 2021 será diferente e melhor.
Angola ainda não é signatária do Mercado Único Africano de Transportes Aéreos (SAATM), mas diz estar comprometida com o espírito da Decisão de Yamoussoukro e já tem implementado vários Acordos de Serviços Aéreos com países africanos e companhias aéreas dentro dos princípios da SAATM.