Ndalatando - O supervisor dos Caminhos de Ferro de Luanda (CFL), António Camuiji, defendeu hoje (quinta-feira), em Ndalatando, capital do Cuanza Norte, a modernização do troço Zenza do Itombe/ Cacuso, numa extensão de 215 quilómetros.
Em declarações à Angop, a propósito do descarrilamento do comboio de combustível com 14 vagões, indicou que o percurso apresenta muitas anomalias do ponto de vista técnico, como declives, desgaste da linha e travessas, entre outras.
António Camuiji informou que enquanto não se moderniza a via, os técnicos do CFL têm feito trabalhos de manutenção de forma paliativa.
A circulação ferroviária no troço Luanda/Malanje encontra-se interrompida, desde quarta-feira, devido ao descarrilamento de um comboio de combustível com 14 vagões, com 818 toneladas de gasóleo.
O acidente aconteceu no ponto quilométrico 230, na localidade de Lússu, a 10 quilómetro da cidade de Ndalatando e resultou no tombo de oito vagões cisternas e danificação de cerca de 150 metros linha férrea.
Em 2021, o CFL registou dois acidentes neste troço. O primeiro aconteceu em Janeiro, no município do Lucala, Cuanza Norte, envolvendo também um comboio de combustível e o segundo em Cacuso, Malanje, com uma locomotiva de manutenção.
O CFL, inaugurado em 1909, tem uma extensão de 479 quilómetros e liga a capital angolana, Luanda, às províncias do Cuanza Norte e Malanje. Conta com 28 estações e presta serviços de transportes de passageiros, mercadoria e correios.
A linha tem sido alvo de sabotagem por cidadãos que procuram por material ferroso para venda ilícita a siderurgias, fenómeno que nos últimos anos se tem verificado no país.
Em Agosto de 2021, a direcção do Caminho-de-Ferro de Luanda (CFL) denunciou o furto de 400 parafusos da linha férrea, na estação do Cassualala, ramal do Dondo, província do Cuanza Norte, o que impede a circulação de comboios.