Lobito – A Direcção Provincial dos Transportes, na província de Benguela, já tem mapeados os terminais para embarque e desembarque de passageiros, tanto para operadores de autocarros, como para taxis, revelou esta terça-feira a sua titular, Kátia Cachuco.
Em entrevista à Angop, à margem do primeiro fórum provincial dos Transportes, sob o lema: “Transportes e mobilidade, elementos estratégicos para o desenvolvimento económico”, Kátia Cachuco adiantou que o sector está neste momento a avaliar os lugares para cada tipo de operadores, porque “não podem estar todos nos mesmos lugares”.
A Direcção Provincial Transportes está a tomar acções concretas no sentido de responder à inquietação apresentada pela Associação Provincial dos Taxistas, segundo a qual, precisam de pontos de referência para facilitar, por exemplo, aquelas pessoas que saem dos hospitais ou das escolas e as que trabalham no turno da noite.
A gestora dos Transportes disse, por outro lado, que há a necessidade de conscientizar os passageiros no sentido de saber que o meio de transporte público não pode ser utilizado em qualquer lugar, criando constrangimentos às pessoas e a outros veículos que pretendem estacionar ali, como acontece atualmente.
Questionada sobre a gestão dos transportes públicos na província, nomeadamente os autocarros, admitiu que estes ainda não atendem a demanda por serem poucos.
Segundo ela, na província, existem pouco mais de 100 autocarros, distribuídos entre o primeiro e o último concurso, que foi em Julho deste ano, que são insuficientes devido ao crescimento da população e consequentemente das cidades.
“Se um operador que possui quatro autocarros colocar dois deles na rota inter-municipal e os outros dois na inter-urbana, não consegue responder à demanda nem em uma, nem outra rota”, explicou.
Com vista a contornar essas situações, Kátia Cachuco afirmou que a sua direcção espera receber mais veículos, a exemplo da província de Luanda, que foi contemplada recentemente com mais meios.
Sobre a preocupação da Associação dos Camionistas, que perderam os seus veículos no período de guerra, entre os anos 80 e 90, disse não haver ainda informações precisas sobre o assunto e que aguarda por orientações do Ministério.
Durante o fórum, que teve como objectivo auscultar os problemas dos operadores de transportes, intervieram outras entidades, tais como o Porto do Lobito, que falou sobre a vantagem da sua localização geográfica para atender o comércio regional e internacional, bem como o Instituto Marítimo Portuário de Angola (IMPA), que se debruçou sobre o seu papel regulador e fiscalizador dos transportes marítimos.
Estavam também presentes no fórum, representantes da Capitania, do Caminho de Ferro de Benguela (CFB), Agentes Transitários e de Navegação, entre outros.