Madrid (Do enviado especial) - A companhia aérea angolana de bandeira, TAAG, perspectiva a abertura, nos próximos três anos, de 20 novas rotas em África. A primeira será Luanda-Accra (Ghana), na segunda semana de Agosto.
O facto foi anunciado esta segunda-feira, à ANGOP, pelo presidente da Comissão Executiva (PCE) da TAAG, Eduardo Foren Sorein, sem especificar as outras linhas previstas pela empresa.
Esta segunda-feira, a companhia abriu a rota Luanda-Madrid.
No global, a companhia aérea angolana, TAAG, voa para 27 destinos internacionais, com particular destaque para Portugal, com voos diários, num total de 14 frequências semanais.
As frequências para Portugal são operadas com dois voos diários às segundas, quartas, quintas e sextas feiras e aos sábados. Já às terças feiras e aos domingos conta apenas com um único voo entre as duas capitais (Luanda e Lisboa).
Na América do Sul, a TAAG voa para São Paulo (Brasil) e, em África, para para a Cidade do Cabo e Joanesburgo, na África do Sul, Maputo, em Moçambique, e Lagos (Nigéria).
Sobre a TAAG
A TAAG foi criada em 1938 como DTA - Divisão dos Transportes Aéreos da Direcção dos Serviços de Portos, Caminhos-de-Ferro e Transportes de Angola.
Segundo dados históricos, as suas operações iniciaram-se, de facto, em 1940.
Nessa fase inicial utilizava os aviões Dragon Rapide, Klemen e Leopard Moth, tendo como primeiras linhas regulares activas Luanda-Moçâmedes e Luanda-Lobito.
Os primeiros voos internacionais faziam o percurso Luanda-Ponta Negra (Congo Brazzaville).
A partir de 1948 passa a utilizar os aviões do tipo Douglas DC-3, e 14 anos mais tarde (1962) adquire o primeiro aparelho do tipo Fokker Friendship (Fokker F27).
Em 1973, a DTA transforma-se em empresa de capital misto com a designação de TAAG – Transportes Aéreos de Angola, S.A.R.L., com capital maioritário do Governo, 30 por cento da TAP (Portugal) e o restante repartido por empresas privadas.
Até à Independência de Angola (em 1975), além do acrónimo TAAG, os aviões usados na altura identificavam-se com as cores brancas, faixas horizontais verdes, sombreados pretos e o símbolo da palanca negra gigante, uma identidade totalmente alterada.
Dessa data para os dias de hoje, a companhia passou de Sociedade Anónima de Responsabilidade Limitada (SARL) à Unidade Económica Estatal (UEE), depois à Empresa Pública (E-P). Agora à Sociedade Anónima (SA), como vanguarda do transporte aéreo angolano, cuja actividade se processa há 81 anos.
Em Setembro de 2019, começou o processo de privatização da operadora, por força de um Decreto assinado pelo Presidente da República, João Lourenço, anuindo à transformação desta em Sociedade Anónima (SA).