Lubango - A circulação do comboio entre Lubango e Menongue, interrompida por 31 dias, devido a problemas na linha, foi restaurada hoje, quinta-feira, depois do assentamento da plataforma e reposição dos carris nas localidades da Chanja e Olivença, arredores da capital da Huíla.
A três de Fevereiro, duas passagens hidráulicas foram arrastadas juntamente com a linha-férrea, por enxurradas, o que forçou a interrupção das viagens de comboio entre o Lubango e Menongue, passando pelos municípios de Quipungo, Matala, Jamba, Cuvango (Huíla) e Cuchi (Cuando Cubango).
Em declarações hoje, segunda-feira, à imprensa o director de infra-estruturas ferroviárias do Caminho de Ferro de Moçâmedes (CFM), Frecciònovic Nunes Rodrigues, afirmou que as obras iniciaram na Chanja e terminaram na Olivença.
A intervenção, segundo a fonte, cingiu-se na substituição de manilhas de 60 centímetros que estavam deformadas e substituídas estas por outras de 120 centímetros, nas duas localidades para maior durabilidade.
Utentes enaltecem retoma de comboio
A usuária, Celestina de Fátima, disse que o meio ajuda muito, tanto para a deslocação dos alunos e professores, assim como os agricultores, que têm este meio como um mecanismo mais cómodo e barato de transportar os seus produtos.
Já o agricultor, Tchindonde Lemba, referiu que transportava os seus produtos através do CFM, mas com a paralisação foi obrigado a pagar meios alternativos e mais caros.
As chuvas do dia três e quatro de Fevereiro do ano em curso afectaram as infra-estruturas ferroviárias, destruíndo a passagem hidráulica entre as localidades da Chanja e de Olivença.
Na sua grelha semanal, a empresa disponibiliza dois comboios de carga por dia do Lubango, onde tem a sede, para o Namibe, assim como seis frequências de composições de passageiros, num traçado total de 806 quilómetros que passam por 56 estações das províncias do Namibe, Huíla e Cuando Cubango. EM/MS