Talatona – A presidente do Conselho de Administração da Agência Marítima Nacional (AMN), Anisabel Costa, manifestou, esta terça-feira, Luanda, preocupação face às invasões aos perímetros das plataformas petrolíferas e nos espaços limítrofes dos países vizinhos.
Em declarações à imprensa à margem do I Conselho Técnico da Agência Marítima Nacional, sob o lema” Estratégias Para uma Melhor Gestão do Sector Marítimo – Portuário", a responsável disse que as embarcações de pesca artesanais colocam-se em risco e colocam em risco outros activos do Estado no mar.
Reconheceu que a falta de condições das embarcações leva-as a sair da jurisdição angolana e a se colocarem em risco, fragilizando, muitas vezes, a cooperação com outros países.
Por outro lado, reconheceu que a AMN deve melhorar a fiscalização e ser mais assertiva no seu trabalho de sensibilização de quem navega.
Apesar dos esforços contínuos para manter a estabilidade, Anisabel Costa considerou que a segurança marítima nacional ainda é frágil.
Por sua vez, o secretário de Estado para a Aviação Civil, Marítimo e Portuário, Rui Carreira, afirmou, no seu discurso de abertura do Conselho da AMN, ser necessário reforçar o pacto legislativo e regulamentar, bem como criar condições objectivas para a sua implementação efectiva.
“É preciso trilhar os caminhos da transformação digital e reduzir o impacto ambiental, no âmbito das iniciativas da economia azul, tal como investir no capital humano com a devida capacitação e valorização”, disse.
Adiantou que com uma linha de costa de mais de mil e 600 quilômetros, o sector marítimo e portuário deve ser o grande empregador e o catalisador importante para elevação do nível técnico e profissional da juventude.
Participam no encontro autoridades nacionais, especialistas da cadeia do Sector Marítimo e Portuário de Angola.
Em debate estão, entre outros assuntos, a importância do Conselho Técnico e a Regulamentação do Sector Marítimo, o papel dos Portos e o uso das Tecnologias para facilitação do negócio portuário e o balanço do serviço de cabotagem norte e projecção da cabotagem Sul.GIZ/MAG