Mbanza Kongo – Os preços dos bilhetes de passagem na rota entre as cidades de Mbanza Kongo (Zaire) e Luanda aumentaram, nos últimos quatro dias, quando faltam 11 dias para o término do ano de 2023.
Numa ronda efectuada esta manhã de quarta-feira pela ANGOP, em algumas agências de viagens sediadas nesta cidade Património Mundial, constatou-se um movimento frenético de passageiros à procuram de bilhetes para o seu embarque à capital do país, Luanda.
Alega-se, no entanto, que devido à avalanche de passageiros ávidos de irem passar a quadra festiva com os seus familiares em Luanda ou em outros pontos do país, seja um dos motivos do aumento unilateral dos preços dos bilhetes por parte das operadoras de transportes públicos locais.
De realçar que, a cidade de Mbanza Kongo, capital da província do Zaire, não recebe voos comerciais há décadas, e as viagens para a capital do país e vice-versa são feitas por via terrestre ou seja de autocarros, fundamentalmente.
Assim, na operadora Macon, por exemplo, o preço dos bilhetes de Mbanza Kongo/Luanda subiu de 7 mil para 9 mil kwanzas, ao passo que a viagem no sentido inverso custa 12 mil kwanzas.
A empresa Real Express, a mais nova no mercado local alterou o preçário de 6.500 para 7.200 kwanzas, e a AngoReal está a cobrar 8 mil kwanzas, contra os 5.500 anteriores.
As viaturas de particulares, que também fazem serviço de táxi no referido itinerário não ficaram no alheio, estando a cobrar, a gora, no referido percurso, 15 mil kwanzas por passageiro, mais 5 mil em relação à última semana.
Alguns taxistas ouvidos pela ANGOP, mesmo sem gravar entrevistas, alegam a escassez de combustível na cidade de Mbanza Kongo como uma das razões da subida galopante dos preços dos bilhetes de passagem no percurso Mbanza Kongo/Luanda.
Para a passageira Maria Rosa Pedro, com destino à capital do país, disse que o aumento de passageiros com destino a Luanda, nesta época do ano, poderá estar na base da subida dos preços dos transportes públicos.
“Passei por três terminais das empresas de transporte e não encontrei bilhetes à venda. Todos esgotaram-se”, contou, lamentando o comportamento desonesto de muitos taxistas.
Madalena Manuel Bernardo, também passageira, disse que vai seguir viagem a Luanda de táxi particular, por não encontrar vaga nas operadoras de transporte público, para quem resta saber se os preços praticados actualmente se vão continuar ou não depois das festas.
Entretanto, a ANGOP procurou ouvir a associação local dos taxistas e a direcção provincial dos Transportes, mas todos os esforços foram gorados.
Quatro empresas de transporte de passageiros, nomeadamente Macon, Real Express, Transmaia e AngoReal operam na rota Mbanza Kongo/Luanda e vice-versa, num percurso de 482 quilómetros. DA/PMV/JL