Moçâmedes – Os taxistas que prestam serviço urbano e intermunicipal no município de Moçâmedes, província do Namibe, suspenderam temporariamente, nesta terça-feira, a respectiva actividade, devido a falta do reajuste do preço de viagem.
Segundo o presidente da Associação Provincial dos Taxistas no Namibe, Cipriano Mateus, até ao momento, os taxistas ainda não receberam nenhuma resposta das autoridades locais sobre a intenção do reajuste do preço da corrida, facto que motivou a paralisação temporária da actividade.
Em declarações à imprensa, o responsável apontou que o serviço do táxi está paralisado nos troços Moçâmedes/Tombwa, Moçâmedes/Bibala e Moçâmedes/comuna da Lucira e vece-versa.
De acordo com a fonte, a intenção da associação é aumentar o preço de 150 para 200 kwanzas, nos serviços urbanos, enquanto para o troço Moçâmedes/Tômbwa subir de 1000 para 1500 kwanzas, Moçâmedes/Bibala de 1200 para 2000 kwanzas e igual preço que será destinado para Moçâmedes/comuna da Lucira, tendo em conta a distância dos respectivos percursos.
Justificou que a intenção do reajuste do preço do táxi deve-se ao aumento do custo das peças e acessórios dos veículos no mercado nacional.
A título de exemplo, avançou, actualmente, cada pneu de uma viatura custa 50 mil kwanzas, contra os 20 mil que custava anteriormente. Referiu que esta diferença de preço está a prejudicar os taxistas, que não estão a conseguir rentabilizar a actividade.
Por seu turno, a directora do gabinete provincial dos Transportes, Tráfego e Mobilidade Urbana do Namibe, Cármen Machado, reprovou a atitude dos taxistas, por remeterem o documento sobre a paralisação somente na última segunda-feira, sem existir um momento de negociação entre as partes.
Diante desse cenário, a responsável assegurou que o sector criou uma comissão multissectorial para trabalhar no problema dessa suspensão dos taxistas e encontrar uma solução que não prejudique os cidadãos.
“A posição do gabinete é de tristeza, porque a associação remeteu o documento da greve ontem, segunda-feira. Por isso, lamentamos que, em menos de 24 horas, os taxistas paralisem os seus trabalhos. Apesar disso, estamos abertos para negociação”, afirmou.
Em declarações à ANGOP, Cármen Machado considerou a justificação dos taxistas como um problema conjuntural, facto que não obriga a subida do preço da corrida.
Por outro lado, referiu que, ate ao momento, a província conta com 66 autocarros que fazem os serviços urbanos e intermunicipais, assegurando que esta frota será reforçada com mais dez autocarros, no final deste trimestre. FA/QCB