Luanda - O ministro dos Transportes, Ricardo D´Abreu, destacou esta sexta-feira, em Luanda, a importância geoestratégica do Aeroporto Dr. António Agostinho Neto como placa giratória para o transporte de pessoas, de mercadorias e plataforma logística internacional para estimular as economias regionais.
O novo aeroporto António Agostinho Neto, que tem inauguração prevista para o próximo mês de Novembro, vai operar apenas cargas até primeiro trimestre de 2024.
De acordo com o titular da pasta dos Transportes, o sistema da aviação internacional, em particular o africano, tem neste novo aeroporto de Luanda um investimento sólido, de longo prazo e intergeracional que beneficiará, além do país, a economia regional e internacional.
Falando na abertura da 53ª Assembleia Geral da Associação das Companhias Aéreas da África Austral (AASA), o ministro disse aos 200 delegados do evento que o Governo angolano tem na aviação um pilar para potencializar o capital humano e como factor de desenvolvimento para o país.
Ricardo D´Abreu considerou que os líderes das companhias aéreas africanas têm uma oportunidade de discutir sobre o potencial africano e encontrarem soluções para os grandes desafios do sector no continente para o desenvolvimento da aviação civil na região.
O governante angolano apontou a necessidade de se conectar África com companhias africanas, uma vez que 70% das transportadoras não são do continente, daí que é preciso o reforço das capacidades competências, assim como as condições técnicas de prestação de serviço para que haja um posicionamento mais forte no contexto mundial.
Na ocasião, o presidente do Conselho Executivo (PCE) da TAAG, Eduardo Fairen, considerou a conectividade fundamental para a robustez das companhias aéreas e que, neste evento, a companhia de bandeira de Angola vai iniciar conversas no sentido de abrir novas rotas no continente.
“As rotas intercontinentais estão criadas, mas o problema prende-se com a falta de aviões”, disse o gestor, salientando que até Dezembro próximo receberão, por aluguer, três aeronaves enquanto aguardam as da companhia, que estão em manutenção.
A 53ª edição da Assembleia Geral da Associação das Companhias Aéreas da África Austral (AASA) juntou, em Luanda, mais de 200 delegados das companhias e operadores do sector para discutirem o desenvolvimento da aviação comercial no continente.
O evento é co-organizado pela TAAG, em representação de Angola, sendo a primeira vez que se realiza no país. É considerado uma plataforma privilegiada de “networking” e de reforço de relações entre os “players” da indústria, proporcionando ao ecossistema da aviação angolana a oportunidade de promover as suas valências, junto da comunidade internacional.
A AASA é uma associação regional que agrega as companhias aéreas africanas baseadas no Sul do Equador, actuando como representante junto do Comité da Aviação Civil da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
Fundada em 1970, conta com 16 companhias aéreas associadas, nomeadamente a TAAG, Air Austral, Air Botswana, Airlink, Air Zimbabwe, Congo Airways, Eswatini Air, Federal Airlines, FlyCobra, FlySafair e LAM-Linhas Aéreas de Moçambique.
De igual modo, estão associados a LIFT, Mango Airlines, Moçambique Express, Proflight Zâmbia e South African Airways. OPF/PPA