Lobito - O ministro dos Transportes, Ricardo D'Abreu, manifestou, esta quinta-feira, em Benguela, convicção na continuidade do investimento norte-americano no Corredor do Lobito, apesar das próximas eleições presidenciais nos Estados Unidos.
O governante respondia a jornalistas sobre as possíveis implicações do resultado das eleições presidenciais do próximo mês de Novembro nos EUA, no investimento deste país no referido empreendimento.
Para o ministro, uma coisa é o compromisso político entre os Estados Unidos e a África, e outra são os pilares da política de Joe Biden.
"Estamos convictos de que não será o factor Biden ou outros actores políticos que vão alterar essa agenda de compromisso global", afirmou.
Segundo Ricardo D'Abreu, trata-se de questões de natureza económica, da preservação so clima, do ambiente e da transição energética.
"Não estou a imaginar, por exemplo, que a agenda de transição energética se vá alterar, e a Africa pode ter uma grande oportunidade de aproveitar este comboio do progresso e garantir que faz parte dessa agenda", considerou.
Em relação à visita do Primeiro-Ministro português, Luís Montenegro, às infra-estruturas do Corredor do Lobito, Ricardo D'Abreu destacou a intervenção de empresas portuguesas nos domínios dos projectos de investimento público e das parcerias público-privadas.
Referindo-se à Mota Engil, no âmbito do consórcio Lobito Atlantic Railway, disse que são projectos muito emblemáticos, tanto para a província de Benguela, como para o país, em que Portugal acaba por ter um papel chave.
"Penso que o Primeiro-Ministro português saiu com uma imagem mais concreta da nossa realidade, conseguindo perceber a dimensão dos desafios e passos que temos estado a desenvolver, e as oportunidades que se abrem a partir deste momento", disse.
Fruto desse incentivo ao investimento privado português no exterior, Luís Montenegro trouxe mais entidades para Angola, apoiando a diversificação económica e gerando emprego e riqueza, segundo o ministro.
"Ao mesmo tempo, mostrou que estes investimentos, de natureza mais pública, também estão ao serviço da economia e do progresso do país", concluiu. TC/CRB