Lobito - O ministro dos Transportes, Ricardo D'Abreu, desafiou esta sexta-feira, no Lobito (Benguela), os quadros do seu sector no sentido de garantirem a consolidação do Corredor do Lobito.
Segundo o governante, que falava durante o encerramento do 15° Conselho Consultivo do sector, á não se pode referir ao Corredor do Lobito, apenas enquanto infra-estrutura de transporte e logística.
"É uma oportunidade que o país tem para dinamizar outros sectores e permitir a diversificação económica", acrescentou.
O responsável referiu que é um trabalho que se deve fazer com outros departamentos ministeriais, de forma coordenada, para não se perder a oportunidade de ter o comboio a andar com mais velocidade e mais produção.
Ainda na província de Benguela, referiu-se também sobre a Agência Nacional de Facilitação de Transportes e Trânsito de Mercadorias, para os três países, nomeadamente Angola, República Democrática do Congo e da Zâmbia.
"Precisamos de dar corpo a essa organização, para poder ter a oportunidade de tirar partido deste Corredor", considerou.
Voltou a falar da certificação do Aeroporto Internacional da Catumbela, para o final deste ano, alegando que " compromissos são compromissos".
"Catumbela é fundamental para a Sociedade Gestora de Aeroportos, porque sabe que em 2025 vai deixar de ter, sob sua gestão, a galinha dos ovos de ouro, que é o Aeroporto 4 de Fevereiro", afirmou o ministro.
Alertou que, a partir daí, a SGA vai ter um decréscimo brutal nas suas receitas e a visão estratégica é garantir que haja outras certificações em outros Aeroportos para sobreviver.
Sobre o Aeroporto Internacional Dr António Agostinho Neto, informou que, até final do ano, este vai receber, do 4 de Fevereiro, toda operação de passageiros, tanto doméstico como internacional, classificando como "um grande desafio multidisciplinar".
"Não envolve somente aquilo que são os profissionais do sector, mas também a multiplicidade de especialistas e departamentos ministeriais. Estamos convictos que vanos conseguir", assegurou.
Falou também sobre a TAAG, companhia nacional de bandeira, dizendo que este ano tem uma oportunidade histórica, em função daquilo que vai acontecer do ponto de vista da sua reestruturação e renovação da frota.
"Esses são bons motes para garantirmos uma transformação interna profunda e que consiga garantir que em África haja mais do que uma Etiopian Air Lines ou uma Kenya Airwais", fazendo alusão às companhias áreas da Etiópia e do Quénia, conhecidas mundialmente.
"Temos a oportunidade de ser a terceira na África subsahariana. Só depende de nós", afirmou o ministro com entusiasmo.
Ricardo D'Abreu fez estas considerações já a pensar no 16° Conselho Consultivo, a realizar-se ainda no final deste ano.
O 15° Conselho Consultivo do Ministério dos Transportes, realizado em dois dias, na cidade ferroportuária do Lobito, foi preenchido por quatro painéis.
Foram eles, A consolidação das reformas e a melhoria da eficiência dos órgãos, Angola e os caminhos para criação de um hub regional de logística e de transportes, Angola e os desafios dos serviços de transportes e da mobilidade e A pensar nas pessoas.
Estiveram presentes neste conclave 190 quadros do órgão central, das agências e institutos públicos, das empresas públicas e convidados.
Por via digital, cerca de 160 quadros do sector dos Transportes acompanharam o evento.TC/CRB