Cuito - A empresa de transportes terrestres MACON vai abrir, nos próximos dias, rotas comerciais para o interior do Bié, sendo a primeira de nível nacional a prestar esses serviços.
Falando esta quinta-feira na cerimónia de apresentação da nova frota de autocarros desta companhia, o supervisor comercial da empresa, Fernando Vasco, disse que os novos meios vão operar nos troços Cuito/Andulo/Cuando Cubango, e na fronteira com a Namíbia, através do posto da Santa Clara.
Pretendem ainda abrir a rota Andulo-Luanda e reforçar os vias do Cuito para Lubango, Quibala, Huambo, Waco Kungo, Namibe e Dondo.
Além de quatro autocarros de 48 lugares cada, estará à dispor da população biena camiões vocacionados à transportação de produtos diversos.
Fernando Vasco anunciou igualmente a abertura da via Cuito/Benguela, encerrada há mais de três anos.
No total, a Macon adquiriu 70 novos meios, sendo que 30 autocarros já estão à disposição dos passageiros a nível do país, tendo feito um investimento de nove milhões e 500 mil dólares.
Para os novos trajectos, o responsável referiu que a empresa está efectuar estudos para definir preços fixos para cada corrida e as respectivas frequências.
Além de 31 empregos directos, desde motoristas até auxiliar de limpezas, as novas rotas, segundo o responsável, vão permitir à população do Bié expandir o seu negócio.
Motoristas reconhecem melhoria das estradas
Os motoristas de várias empresas de transportação de pessoas congratularam-se com a melhoria das estradas nacionais, que estão a possibilitar a ligação do país.
Em declarações à ANGOP, Oligário de Brito, que opera na EN250 há dez anos, disse não haver mais razões de queixas em grande parte do troço.
Porém, o automobilista de 45 anos de idade salientou que, apesar de todo trabalho já feito, é necessário se fazer manutenção constante das estradas para se evitar a degradação progressiva das mesmas.
Apontou os troços Kaluapanda- desvio na EN250 (Cuito), Alto Hama-Waco Kungo como os troços mais preocupantes até ao momento, que carecem de uma intervenção urgente.
Para Tito Hélder, outro motorista de 32 anos de idade, grande parte das vias por onde circula oferece qualidade e tranquilidade.
Enalteceu a preocupação do Estado, em melhorar cada vez mais as vias de acesso, que, no seu entender, estão a facilitar a movimentação dos cidadãos de um ponto para o outro por via terrestre em poucas horas.
"Qualquer país desenvolve-se com estradas boas", disse o automobilista Carlos Vemba, reconhecendo que o país está no bom caminho.
Contudo, defendeu a rápida intervenção nos troços Alto Hama até o desvio do Sawilala, e o troco Huambo – Lubango, por apresentar ainda alguns constrangimentos.
A MACON, a operar no país desde 2001, dispõe agora de 634 autocarros, que são assegurados por dois mil e 240 funcionários em Angola, Namíbia e República Democrática do Congo.