Lubango - Dezasseis mil e 40 licenças de moto-taxistas foram emitidas durante a campanha de cadastramento massivo de embarcações de pescas artesanal e moto-taxistas a nível da província da Huíla, promovida pelo Executivo de 27 de Abril a 30 de Maio do ano em curso, no país.
A campanha na província licenciou igualmente 65 táxis, perfazendo mil 211 já autorizados a exercer a actividade, assim como 75 turismos (gira-bairro).
Em declarações à ANGOP hoje, sábado, no Lubango, a directora do gabinete provincial dos Transportes, Tráfego e Mobilidade Urbana, Gracinda Gonçalves, referiu ser um balanço positivo no que se refere ao licenciamento de moto-taxistas.
Disse que os moto-taxistas cadastrados não apresentaram a documentação completa, alguns tinham o documento da motorizada, mas não tinham o bilhete de identidade, nem o Número de Identificação Fiscal e vice-versa, pelo que já remeteram a situação a Luanda e estão a aguardar por uma solução.
Reforçou estarem ainda a receber dados dos municípios, pois a campanha terminou no dia 30 de Maio último, mas o licenciamento continua, só que para os moto-taxistas que faziam o licenciamento de forma gratuita terão agora de pagar uma taxa fixada em cinco mil e 500 kwanzas.
“Sabemos e temos consciência que há muitos que ficaram de fora, mas acreditamos que com a medida tomada do Executivo, da continuidade da subvenção do preço da gasolina, os moto-taxistas vão procurar as administrações municipais para beneficiarem da subvenção”, continuou.
Explicou que enquanto os taxistas, moto-taxistas e transportes públicos licenciados não tiverem o cartão vão continuar a abastecer com o valor de 300 kwanzas /litro e tão logo o cartão esteja disponível, verão esse gasto reembolsado.
Fez saber que ainda não têm uma previsão para entregar os cartões, mas estão a trabalhar no processo, na compilação dos dados que estão a ser remetidos pelos municípios e tão logo terminarem vão iniciar o processo de distribuição, pelo que os operadores devem manter a calma.
AMOTRANG-Huíla fala numa cobertura de 60 por cento da campanha
Apesar de considerar o projecto positivo do Governo, o responsável provincial da Associação de Motoqueiros e Transportadores de Angola (AMOTRANG) na Huíla, Alberto Daniel, pediu mais um mês para cobrir-se os 40 por cento em falta, sem custos.
Detalhou que só o Lubango havia um posto móvel que deslocava-se em diversos bairros do município, mas muitas áreas de comunas distantes da sede do Lubango não conseguiram fazer o licenciamento.
“Tivemos poucos postos, temos municípios como Lubango, Matala, Caluquembe que têm o maior número de moto-taxistas, assim como os serviços de Viação e Trânsito que teve poucos inspectores no processo e na sua maioria estavam na capital da província”, continuou.
Referiu que a medida do Executivo é boa, pese embora os muitos moto-taxistas não foram a tempo para tratar. Muitos vão esperar os seus cartões e outros vão continuar na luta de fazer o seu licenciamento.
Alberto Daniel alertou aos filiados e outros operadores dos serviços de táxis a não especularem os preços do transporte, optando pela legalização do seu meio, caso ainda não tiverem a licença até receberem os cartões que os isenta do novo preço da gasolina.
“Muitos estão cadastrados na associação, mas não conseguem obter a licença de aluguer, pois o cidadão estrangeiro que vendeu a mota, actualmente já não existe, nem a empresa, pelo que o Estado poderia ajudar com a entrega de um credencial para garantir a permanência do meio dentro do território nacional. EM/MS