Benguela - O secretário de Estado para as áreas da Aviação Civil, Marítima e Portuária, Emílio Londa, reiterou, em Benguela, o compromisso do Governo quanto à concessão do terminal mineraleiro do Porto do Lobito.
O responsável falava a propósito da primeira feira do Porto do Lobito, aberta na sexta-feira nas Portas do Mar, na Restinga, e que se prolonga até ao dia 28 de Março, com o objectivo de divulgar as potencialidades da empresa.
Segundo o secretário de Estado, o Porto do Lobito está a avançar cada vez mais no sentido da sua transformação em porto senhorio.
Emílio Londa deu a conhecer que o terminal mineraleiro do Porto do Lobito será concessionado, porquanto faz parte do Corredor do Lobito.
Para Emílio Londa, vai permitir integrar o Porto do Lobito, o Caminho-de-Ferro de Benguela, dinamizando o comércio ao longo do Corredor do Lobito e algumas plataformas logísticas.
"São cerca de 100 anos a prestar serviços para a sociedade de Benguela e para a economia nacional e não podíamos ter maior motivo de alegria", frisou, destacando a capacidade de resiliência do Porto do Lobito em se adaptar às "intempéries" ao longo dos tempos.
Conforme o responsável, está-se agora numa fase de reestruturação dos portos de Angola, uma vez que todos vão adoptar o modelo de gestão de porto senhorio, em que os Conselhos de Administração já não gerem directamente os diferentes terminais.
Emílio Londa explicou que a ideia é garantir que o Estado angolano tire o maior proveito possível desta concessão e que empresas especializadas façam essa gestão por via de contratos de concessão.
O responsável encara com bastante expectativa esse processo, considerando que os portos senhorios poderão tornar a economia nacional mais eficiente.
Na sua óptica, tendo um Corredor do Lobito mais eficiente haverá também maior atracção de investimento e, por conseguinte, um aumento de postos de trabalho.
Lembrou que a primeira fase do processo de concessão do terminal mineraleiro do Porto do Lobito não ficou concluída, isto porque não satisfazia os interesses do Estado.
Daí o secretário de Estado ter avançado que os termos das empresas interessadas, entre as quais a chinesa CITIC não satisfazia os interesses do Estado angolano.
"Foi preferível não concluir o processo, mas está a ser retomado para termos um processo que vá ao encontro dos nossos interesses", acentuou.
Conforme o secretário de Estado, o Estado vai continuar a discutir com esta e outras empresas até que surjam propostas que respondam aos seus interesses e ao nível desejado de investimento dos terminais.
Emílio Londa assume que o Governo pretende captar investimentos que garantam um desenvolvimento sustentável dos terminais que serão concessionados nos portos nacionais.
Sob o lema " Porto do Lobito - 95 anos aberto ao mundo", a feira conta com a participação de 13 empresas e marca o ponto alto das comemorações do 95° aniversário da empresa, assinalado sexta-feira (24), sendo que a organização espera receber mais de mil visitantes por dia.
Entre os expositores presentes na feira do Porto do Lobito, realce para a Sonangol, a empresa do Caminho-de-Ferro de Benguela (CFB), Carrinho Indústria, Administração Geral Tributária (AGT), Angoalissar e o Estaleiro Naval do Lobito - a Lobinave. JH/CRB