Luanda – O encerramento da campanha massiva de licenciamento de táxis, moto-táxi e embarcações de pesca artesanal, em Luanda, ficou marcado pela fraca procura dos serviços em diferentes postos de registo, neste último dia.
Com excepção do município de Belas, onde os utentes acorreram ao posto de licenciamento em grande número, provocando enchentes, os postos dos municípios de Luanda, Talatona e de Cazenga tiveram uma fraca adesão.
No município de Luanda, por exemplo, o director dos Transportes Tráfego e Mobilidade Domingos Araújo, afirmou que ficou surpreso com o número reduzido de veículos que estão a fazer o licenciamento no último dia da campanha.
“O pessoal está instruído a ser célere na tramitação da documentação e rigoroso no controlo dos expedientes”, disse o gestor.
O responsável acredita que a fraca adesão se deveu ao facto de muitos taxistas retraírem-se por terem viaturas em mau estado técnico.
Desde o começo da campanha, prosseguiu, o posto de licenciamento localizado no interior da Cidadela Desportiva registou aproximadamente quatro mil moto-táxis e 1 300 táxis.
Em relação ao município de Talatona, o director municipal de Transporte Tráfego e Mobilidade, Paciência Curinge, disse que esperava maior adesão e cogita que a fraca procura tenha a ver com a falta de informação, desinteresse e, provavelmente, o custo da licença de táxis, no valor de 37 200 kwanzas e dos moto-táxis 2 112 kwanzas.
“A campanha decorre de forma tranquila", disse o director, sem avançar números de licenças de condução e livretes.
À semelhança de Luanda e Talatona, o município do Cazenga registou também uma fraca procura dos serviços de licenciamento de táxis e moto-táxis.
Em declarações à ANGOP, o director local dos Transportes, Tráfego e Mobilidade, Agostinho Luís, fez saber que, de 27 de Abril a 30 de Maio, foram emitidas, para serviço de transporte colectivo " Azul e Branco", 305 licenças, 227 para actividade de moto-táxi superior a 50 cilindros, 112 livretes de velocípedes inferior a 50 cilindros e para licença de condução para motorizadas inferior a 50 cilindros 723.
“Este número é significativo e foram alcançados os objectivos predefinidos, apesar de neste último dia se registar uma fraca adesão dos utentes”, disse o responsável, realçando que os que não aproveitaram o licenciamento voluntário de táxi e moto-táxi vão recorrer ao pagamento de emolumentos.
Diferentemente dos outros, o município de Belas registou, hoje, ultimo da campanha , enchente de utentes.
Sem avançar números, o director municipal dos Transportes Tráfego e Mobilidade, Sérgio Sachikuata, disse à ANGOP que se registou muita procura, maioritariamente moto-táxis.
Até o prorrogamento do processo, o município de Belas tinha licenciado 350 veículos na sua maioria motos, o processo decorreu no parque de estacionamento adjacente ao pavilhão arena Kilamba
Quanto às embarcações foram licenciadas 100 embarcações artesanais.
Sobre esse assunto, o director, municipal da Agricultura, Pecuária e Pesca, João Domingos, disse que os resultados são da campanha, mas o número tende a aumentar à medida que surgem novos investidores no sector das pescas.
No acto de licenciamento, um dos utentes disse à ANGOP que esperou pelo último dia da campanha em virtude das enchentes que se verificaram nos outros dias.
“O processo de licenciamento foi célere, disse Gonçalves Simão, mostrando-se satisfeito, tendo em conta que vai poder trabalhar sem temer quando for interpelado Polícia Nacional.
Por sua vez, o taxista Aurélio Santos, disse que esperava enchente no último dia, mas constatou o contrário. “Razão pela qual vim aqui as 6h”, contou o interlocutor.
As administrações municipais realizaram uma campanha massiva de licenciamento de veículos que exercem actividade de táxi, moto- táxi e embarcações de pesca artesanal.
A campanha foi extensiva aos 164 municípios de Angola, e insere-se no quadro de algumas competências transferidas dos Órgãos Centrais do Estado para as administrações municipais, em 2019.
A iniciativa foi bem recebida pelas organizações profissionais como a Associação dos Moto-taxistas de Angola “AMOTRANG” e pela Associação dos Taxistas de Angola (ATA), como um alívio, que ajudou a resolver um problema que preocupava a classe há anos, com a vantagem de poder tratar documentos que não se consegue em pouco tempo.
A primeira fase da campanha terminou na primeira quinzena de Maio e o Governo havia estendido o prazo para mais 15 dias, que terminaram hoje. LIL/JG/Giz/PLA/PPA