Lubango – O conselho de administração do Caminho de Ferro de Moçâmedes (CFM) está a trabalhar na mobilização de parcerias público-privada, com vista a rentabilização das infra-estruturas construídas ao longo do traçado de 806 quilómetros que une o Namibe, a Huíla e o Cuando Cubango.
Ao longo do seu traçado, a empresa pública que tem a sede no Lubango, dispõe de 56 estações de primeira, segunda e terceira classe, para além de dezenas de habitações.
Em declarações à ANGOP, no Lubango, o director comercial do CFM, Carlos Roll, realçou no âmbito da reabilitação do CFM, nos primeiros anos da década de 2000, a empresa foi contemplada com 56 estações ao longo dos mais de 800 quilómetros da linha férrea.
Destacou que em Novembro de 2023 o conselho de administração entendeu “dar vida” e rentabilidade a essas infra-estruturas, colocando à disposição de entes públicos ou privados, nas localidades e sedes municipais onde estão situadas as estações.
Detalhou que as estações estão todas preparadas para receber gabinetes, escritórios, todas elas com energia eléctrica, algumas da rede e outros de fontes alternativas e disponíveis para serem explorados ao longo da linha e os pequenos, médios e grandes empresários podem recorrer aos nossos serviços para o arrendamento destas instalações.
Segundo Carlos Roll, o projecto teve o seu primeiro efeito no município da Bibala (Namibe), onde na estação principal está instalado o gabinete de Energia e Água da administração municipal, assim como arrendou-se um outro compartimento a um empresário local.
Salientou que para além da Bibala, a empresa pública vai agora acomodar correspondentes bancários e farmácias, nas estações do Saco Mar, da central do Lubango, da Mukanka (Lubango), Quipungo Matala, Cuvango e Menongue (Cuando Cubango).
“Convidamos o empresariado local, dentro dos municípios a nos contactarem, os nossos serviços que estão disponíveis, pois esta é a maneira que o CFM tem para alavancar a economia feita nos municípios e assim produzirmos de forma mais coesa para a região sul do país”, assinalou o director.
Sublinhou que as estações foram construídas para acolher o tráfego de passageiros e de mercadorias, mas no âmbito da diversificação de negócios definida pelo conselho de administração do CFM, está-se a aproveitar e rentabilizar esses espaços, como forma de apoiar o empresariado a nível dos municípios.
De acordo com Carlos Roll, a finalidade das rendas será o reforçar os activos financeiros da empresa, como é de domínio geral, um serviço ferroviário propriamente dito, ainda não é rentável, peço que o CFM quer ir buscar uma renda extra e melhorar a condição do trabalhador. BP/MS