Huambo – A Direcção-geral do Caminho-de-Ferro de Benguela (CFB) pediu, este sábado, desculpas públicas pelos transtornos causados às actividades diárias de cada utente dos serviços de transporte ferroviário nas províncias do Bié, Huambo, Lunda-Norte, Lunda-Sul e Moxico.
Em comunicado de imprensa chegado à ANGOP, assinala que a diminuição forçada da oferta de lugares condignos e da frequência regular de comboios tem impacto negativamente a vida dos cidadãos nas comunidades circunscritas ao longo da línea férrea, que liga Benguela ao município do Luau, província do Moxico.
Refere que o CFB tem um programa regular de transporte que prevê seis frequências semanais para as rotas Huambo/Luena/Huambo, seis para Cuito/Luena/Cuito, 10 para Luena/Luau/Luena e dois para Lobito/Huambo/Cuito/Luena/Lobito.
Estes serviços, conforme o documento, atendem em mais de 95 por cento a procura das comunidades do Huambo e do Moxico, residentes ao longo da línea férrea, beneficiando, inclusive, as províncias da Lunda-Norte e Lunda-Sul.
No entanto, lê-se, esta oferta diminuiu consideravelmente por razões técnicas relacionadas com o desgaste acentuado dos rodados, o que reduziu a oferta segura dos referidos serviços.
Indica que para ultrapassar estes constrangimentos, o CFB está a implementar um plano de contingência que vai garantir a reparação e substituição dos referidos rodados em tempo oportuno, através da aquisição de meios novos a partir da África do Sul.
De acordo ainda com o documento, a normalização da oferta de lugares condignos e a frequência regular de serviços de transportes de pessoas e pequenos volumes será reposta, entre Outubro e Novembro do corrente ano, período em que vão chegar os primeiros lotes de material de reposição de rodados.
Contudo, o CFB assume-se como uma empresa pública séria, cujo objecto social primário é o de servir o interesse nacional, através da facilitação da mobilidade inter-provincial de pessoas e bens ao longo do Corredor do Lobito.
Acrescenta que a Direcção-geral está empenhada em repor a normal circulação de pessoas e bens nas referidas rodas e pede, por isso, a compreensão e a colaboração de todos os utentes.
Por esta razão, apela à valorização da vida, da dignidade humana e à preservação de todo o material circulante como locomotivas e carruagens.
Conforme o comunicado, o CFB reitera o compromisso de continuar a trabalhar para melhorar o serviço público, para garantir a transportação segura e sustentável de pessoas e bens em todas as rotas ao longo de todo o Corredor do Lobito.
O Corredor do Lobito estende-se, em Angola, por 1300 km passando pelas províncias de Benguela, Huambo, Bié e Moxico, e continua depois por 400 km na República Democrática do Congo até Kolwezi, o coração do Copperbelt, na República da Zâmbia, estando, igualmente, ligado à rede ferroviária da República do Congo. ALH