Icolo e Bengo - Os habitantes dos municípios de Icolo e Bengo e da Quiçama, província de Luanda, já estão a receber o sinal de internet transmitido pelo satélite angolano, Angosat-2, constatou a ANGOP, esta sexta-feira.
Neste momento, o sinal chega até ao Hospital Municipal de Icolo e Bengo (Catete), onde foi instalada uma antena receptora para se comunicar com o satélite.
Já no município da Quiçama, a antena foi montada no Liceu 7026 Quiçama, estando a beneficiar professores e estudantes daquela instituição.
O Angosat-2, que está em órbita desde 12 de Outubro de 2022, foi lançado a partir da estação aeroespacial de Baikonur, no Cazaquistão.
Segundo a directora clínica do Hospital Municipal de Icolo e Bengo, Leocádia Lourenço, com o sinal de internet do Angosat-2, a telemedicina conhecerá uma dinâmica melhor e maior celeridade na solução de alguns casos complicados.
O município, que já pratica a telemedicina desde 2020, terá, doravante, ampliadas as possibilidades de cura dos pacientes, uma vez que mais computadores estarão ligados à rede, permitindo maior intercâmbio entre médicos a nível de Luanda e do país.
"É um grande ganho para a saúde, porque sempre que surgir alguma dúvida sobre o quadro clínico de um doente, será possível interagir, na hora, com profissionais de outras partes de Luanda ou mesmo do país, para encontrarmos uma solução", explicou.
Os municípios de Icolo e Bengo e da Quiçama distam a cerca de 62 e 65 quilómetros do centro de Luanda, respectivamente. Apesar da distância, as duas localidades vêm assim simplificadas soluções de pacientes com patologias complicadas.
De acordo com o director do Liceu 7026 Quiçama, Joel Cabunde, com o funcionamento do Angosat-2, são vários os benefícios que se podem esperar, principalmente a facilidade de pesquisas.
"A rede chegou em boa altura, porque, por falta de internet, tínhamos muitas dificuldades em gerar o Rupe (referência única de pagamento ao Estado), problema ultrapassado desde à activação do sinal, há três dias", confirmou.
Outra valência apontada pelo académico tem a ver com a facilidade na investigação científica, pelos docentes, garantindo que, tão logo entre em funcionamento a sala de informática, os estudantes usufruirão igualmente deste serviço.
O Instituto tem 525 estudantes, nos cursos de ciências físicas e biológicas, ciências económicas e jurídicas.