Luanda - A ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnológia e Inovação, Maria do Rosário Bragança, afirmou, esta sexta-feira (10), em Luanda, que o Parque de Ciência e Tecnologia de Luanda será um ponto de interacção entre a academia, a investigação científica e o mundo empresarial.
A governante fez esse pronunciamento após presidir à cerimónia de lançamento da primeira pedra para a construção da referida infra-estrutura.
Explicou que a iniciativa faz parte do Projecto de Desenvolvimento de Ciência e Tecnologia (PDCT) frisou que, à semelhança de espaços do género no mundo, vai permitir a concentração de negócios de empresas em formação (Incubadoras de Empresas ou Spin-Off), Centros de Investigação Científica e Instituições do Ensino Superior.
Explicou que será uma obra inédita no país, num lugar nobre da cidade de Luanda, para dar melhor dignidade ao Centro Nacional de Investigação Científica (CNIC), que se encontra em estado avançado de degradação, bem como a reabilitação, demolição e construção de novas instituições na envolvente.
Maria Bragança sublinhou que a infra-estrutura permitirá dar uma nova dinâmica no Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação.
Segundo a ministra, os estudantes em fase de graduação, licenciatura, pós-graduação, mestrados e doutoramentos vão ter condições para a melhoria da formação, através de estágios em empresas, projectos de empreendedorismo e incubadoras de empresas.
Por sua vez, o director executivo do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), Gerard Bussier, elogiou o investimento em ciência e tecnologia que o Governo angolano está a fazer, tendo em conta o potencial enorme em recursos ainda não explorados.
Através da ciência e tecnologia, de acordo com Gerard Bussier, Angola vai ganhar trabalhadores com carreira flexível, particularmente nas áreas das ciências.
A obra, com a duração de 30 meses, está orçada em 35 milhões de dólares norte-americanos, co-financiada (por empréstimo) pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD).
A empreitada vai ser executada pela PAN-CHINA GROUP, que vai construir oito novos edifícios e uma estufa e reabilitar 11 outras estruturas físicas.
A primeira fase do projecto que fica concluído dentro de 14 meses, compreende a reabilitação do Centro Nacional de Investigação Científica (CNIC), a construção de um novo edifício para a Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Agostinho Neto, entre outras obras.
O Projecto de Desenvolvimento de Ciência e Tecnologia é de âmbito nacional e visa contribuir para a diversificação da economia, através da ciência e tecnologia, estando orçado em 100 milhões de dólares norte-americanos, financiado a 90 por cento pelo BAD e 10 por cento de fundos de contrapartida do Governo angolano.LDN/MDS/PPA