Benguela – A inteligência artificial e a importância do uso da internet na sociedade civil foram temas em debate, esta sexta-feira, nesta cidade, no Fórum Provincial de Governança da Internet, promovido pelo Instituto Nacional de Fomento da Sociedade de Informação (INFOSI).
O encontro durou algumas horas, em formato de mesa redonda, e debateu ainda temas como: “desafios da província de Benguela em tecnologia e segurança” e “privacidade na vida digital”.
Segundo o director do INFOSI, André Pedro, o objectivo é ouvir aquilo que são os anseios da população de Benguela e o planeamento do governo local em relação à expansão da rede de telecomunicações.
Explicou que o Fórum de Governança da internet é um espaço de debate e de discussão de ideias sobre a construção tecnológica da consciência do cidadão.
Considerou que a governança da internet é essencial para garantir que ela continue a ser uma ferramenta valiosa para promover o desenvolvimento económico, a liberdade de expressão e a colaboração global.
Fez saber que a realização deste evento resulta de uma iniciativa isolada das Nações Unidas, que orienta os países a realizar os fóruns de internet no sentido de discutir as melhores políticas para convivência de todos num ambiente digital.
No último encontro nacional ficou o compromisso de atender quatro províncias (Uíge, Huambo, Huíla e Benguela), sendo esta a última a debater os referidos temas, dirigidos aos gestores das instituições públicas e privadas.
“Nos colocamos à disposição da população no concernente à informação, tendo em conta as necessidades diferenciadas de cada província para aquilo que são as políticas de informação digital que serão traçadas pelo Governo de Angola, com base na realidade de cada uma”, disse.
Em gesto de balanço, informou que conseguiram atingir cerca de quatro mil pessoas nas primeiras quatro províncias que foram visitadas e o compromisso do Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social é atender as restantes, sendo que, no próximo ano, vai se eleger mais quatro.
Na ocasião, disse que há um contínuo projecto “Angola digital” que é um projecto do governo de Angola que visa levar computadores e internet às escolas do ensino primário.
“O governo angolano tem a preocupação de levar questões tecnológicas aos meninos na tenra idade, porque é mais fácil começar a educá-los de forma responsável neste curso”, afirmou.
Apontou como preocupação a qualidade da internet, que deve melhorar a penetração da rede de telefonia móvel celular em algumas localidades longínquas do interior de Angola, a necessidade de elevar o número de escolas de técnicas e a vandalização da fibra óptica.
Apontou, a título de exemplo, a vandalização, em duas ocasiões, da fibra óptica que leva serviços de internet da Angola Telecom nas províncias do Huambo e do Namibe.
Apelou a toda sociedade no sentido de todos serem os guardiões desses investimentos, porque têm a todos.
Para o responsável, o Instituto leva a preocupação das pessoas e vai começar a traçar políticas que vão mais ao encontro dos seus anseios.
Deu a conhecer que há um esforço do Governo de Angola em aumentar a melhoria contínua da conectividade, com investimentos avultados em cabos submarinos que interligam Angola ao Brasil e à Europa, e o Angosat II que tem estado a levar ponto de internet e telefonia fixa nas zonas mais longínquas do nosso país. CRB