Dundo - Depois de dois meses, a Estação Sísmica do Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica (INAMET) do Dundo, na Lunda-Norte, volta a funcionar, soube esta terça-feira, a ANGOP.
Em Janeiro deste ano, a estação ficou fora de serviço, devido ao roubo de dois painéis solares, baterias e cabos eléctricos.
Em declarações à imprensa, o chefe de divisão da geofísica do INAMET, Francisco Canhanga, disse que foi instalado um novo painel solar de 180 volts, uma bateria e novos cabos eléctricos, bem como reforçada a segurança da infra-estrutura, com agentes da Polícia Nacional e Forças Armadas Angolanas (FAA).
Disse que com a recuperação da estação, o país volta a ter condições para obter, por exemplo, informações sobre a localização precisa de um terremoto (epicentro), sua profundidade, energia libertada, o mecanismo gerador do abalo e o meio que as ondas percorreram para chegar ao local onde foram geradas até ao sensor que as detectou.
Acrescentou que a Estação do Dundo tem também a capacidade de detectar possíveis fenómenos naturais e/ou sismos, vindos da vizinha República Democrática do Congo (RDC).
A RDC, prosseguiu, também depende da referida estacão para detectar qualquer fenómenos com origem em Angola.
Angola conta, actualmente, com uma rede sísmica composta por cinco estações, constituídas por sensores de última geração que ajudam a transmitir em tempo real para o servidor central do INAMET informações de movimentação da crosta terrestre (placas tectónicas), distribuídas pelas províncias do Bengo, Cuanza-Sul, Lunda-Norte, Moxico e da Huíla.
Os sensores tecnológicos possibilitam o monitoramento sísmico, instigando a preservação de vida e o apoio aos diferentes sectores socioeconómicos, em especial ao de construção civil.
O técnico reiterou que pretende-se, no âmbito da modernização dos equipamentos meteorológicos, implementar mais 13 novas estações sísmicas, em províncias com pretensões de fenómenos sísmicos. JVL/HD