Talatona – A engenheira informática e palestrante Evelyn Bettencourt defendeu, nesta sexta-feira, em Luanda, a necessidade de se investir em infra-estrutura tecnológica nas universidades, em resposta aos impactos que a Inteligência Artificial (IA) tem causado no ensino superior.
Em declarações à ANGOP, após a realização da mesa redonda sobre “Transformação Digital e Inteligência Artificial no Ensino Superior”, enfatizou que o governo deve destinar recursos para equipar laboratórios universitários, para possibilitar a criação de projectos próprios de IA.
Alertou para a “forte resistência” às novas tecnologias que visam agilizar processos académicos.
Segundo a palestrante, é essencial realizar acções de conscientização para que estudantes e professores compreendam e adoptem essas inovações.
Já o engenheiro informático Mateus Calado destacou a importância da conectividade, do acesso a softwares específicos e do desenvolvimento de competências em ética, políticas e normas legais relacionadas ao uso da IA.
Nesta senda, reforçou a necessidade de se criar políticas públicas voltadas à inclusão tecnológica para impulsionar o desenvolvimento sustentável no país.
De acordo com o Secretário de Estado para o Ensino Superior, Eugénio da Silva, que fez o discurso de abertura, as competências digitais têm impacto direto na capacitação académica.
“Estamos aqui hoje para reflectir sobre essa nova realidade impulsionada pela IA. Não podemos ignorá-la ou fingir que não nos afecta. Precisamos adoptar novas estratégias pedagógicas e estar abertos às inovações”, disse.
O evento, realizado numa das universidades da capital luandense, reuniu estudantes, professores, convidados e especialistas da área para discutir o futuro digital da educação superior em Angola.GIZ/MAG