Luanda – Angola está comprometida em trabalhar no desenvolvimento do programa espacial e das infra-estruturas de telecomunicações, com vista a apoiar o crescimento económico do continente, assegurou esta sexta-feira, em Luanda, o ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário Oliveira.
Ao discursar no acto de encerramento da III edição da Conferência Espacial de África (NewSpace Africa 2024), o governante sublinhou que o país está a criar bases para a construção e, consequentemente, o desenvolvimento das infra-estruturas, contando com apoio de todos para se alcançar os objectivos pretendidos.
Na ocasião, explicou que a experiência adquirida ao longo dos quatro dias de conferência foi de extrema importância para os angolanos envolvidos no ecossistema das telecomunicações, facto que servirá para trabalhar no desenvolvimento socioeconómico do país.
“Para chegarmos mais longe possível temos que estar juntos, em colaboração ou parceria com todos operadores e Governos, estando Angola comprometida em trabalhar com todos para o desenvolvimento do nosso programa espacial nacional”, reforçou.
Em relação ao nível de participação, Mário Oliveira considerou ser um sinal forte do comprometimento da academia para o desenvolvimento do programa espacial.
O ministro mostrou-se satisfeito pelo facto de o evento conseguir atingir os objectivos preconizados e permitir Angola tornar-se numa ‘hub’ espacial importante para formação de quadros.
Segundo o governante, com os resultados satisfatórios alcançados, o país vai trabalhar no sentido de se aproximar cada vez mais da industrial espacial internacional, visando a execução de programas espaciais africanos.
Disse também que, na qualidade de Angola liderar um grupo técnico de trabalho para construção de um satélite partilhado na Região Austral de África, o país compromete-se em afirmar-se cada vez mais em matérias relacionadas com este sector.
Referiu que o facto de o país acolher a conferência pela primeira vez significa que Angola começa a ser vista a nível do continente como um pilar importante para a indústria e o programa espacial.
Por outro lado, reiterou que o Governo angolano está a trabalhar com alguns parceiros internacionais, para transformar o GGPEN em agência espacial, estando a desenhar os termos de referência para conseguir dar um tempo para a criação da Agência Especial Africana.
A III edição da NewSpace Africa decorreu de 2 a 5 deste mês, em Luanda, com a participação de representantes das maiores agências espaciais do mundo, visando abordar o papel da tecnologia do espaço no combate à pobreza, no continente africano.
O evento, que decorreu no Centro de Convenções de Talatona (CCTA), em Luanda, contou com a participação de 600 delegados, para além de uma exposição de 28 organizações proeminentes da indústria espacial global e de outras 24 empresas que apresentaram as suas soluções e serviços.
Entre as stands das principais agências espaciais do mundo, destacou-se a americana NASA, as europeias ESA e Airbus e a chinesa CAST, que marcaram presença no certame organizado pela Space in Africa, em parceria com a União Africana (UA).
A organização do evento contou, igualmente, com a parceria do Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional (GGPEN) do Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social (MINTTICS). HM/QCB