Mbanza Kongo – A desestruturação das famílias foi apontada, esta sexta-feira, em Mbanza Kongo, província do Zaire, como uma das causas do aumento da delinquência juvenil na região.
De acordo com o primeiro secretário provincial da JMPLA, Agostinho Dias Zantoto, que falava à ANGOP, à fuga à paternidade, fenómeno muito frequente na província, concorre a esse desequilíbrio no seio familiar.
Na sua opinião, o aumento de famílias monoparentais, onde só um membro deste principal núcleo da sociedade (mãe ou pai) tem a responsabilidade pela criação dos filhos tem, igualmente, influenciado para a desestruturação familiar.
O líder juvenil entende que o combate contra a delinquência juvenil passa, necessariamente, pelo reforço do papel da família “monolítica”na educação dos filhos, assim como na formação académica dos seus membros.
Considera, igualmente, necessária a ocupação dos tempos livres dos jovens em actividades socialmente úteis, de modo a se evitar que se desviem para práticas delituosas.
Lamentou o aumento exponencial de crimes envolvendo adolescentes e jovens na região, mas sem apontar dados estatísticos, frisando que estão em curso, sob a égide da sua organização, acções de educação cívica da juventude, na tentativa de contribuir na inversão do quadro.
“Estamos a atacar as causas da delinquência juvenil nas nossas palestras dirigidas a jovens e adolescentes, falando do mal que representa a desestruturação familiar, sobretudo, da fuga à paternidade”, sublinhou.
O primeiro secretário da JMPLA no Zaire falava à margem da palestra sobre “ O legado de Neto para as Novas Gerações”, inserida na jordana do herói nacional, cuja data foi celebrada no passado dia 17 de Setembro no país.
A palestra destacou o legado do primeiro presidente de Angola as novas gerações, divulgando a figura de nacionalista e patriota que foi Agostinho Neto, nesta palestra orientada pelo docente universitário, Zolana Avelino.