Soyo - O primeiro-secretário do MPLA na província do Zaire, Pedro Makita Armando Júlia, mostrou-se neste sábado, no município do Soyo, insatisfeito com o grau de execução de algumas obras do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM), tendo pedido espírito de compromisso por parte das empresas executoras.
O dirigente político falava à imprensa no final da visita de constatação das obras de três escolas, uma de 12 salas, na localidade de Mongo-Soyo, e duas de sete, nas comunas de Mangue Grande e Quêlo, lançadas em Maio deste ano e com a conclusão prevista para Fevereiro de 2021.
A escola de 12 salas de aula custa Akz mais de 148 milhões e está com uma execução física de 35 por cento, contra a financeira de 40 por cento.
A escola de sete salas de Mangue-Grande está avaliada em Akz 85 milhões, 941 mil e 288, a do Quêlo custa Akz 86 milhões, 896 mil e 194, ambas com uma implementação física de 40 por cento, quando a financeira atingiu já os 35 por cento.
Pedro Makita Armando Júlia disse não estar convencido com as razões apresentadas pelas empreiteiras por este atraso, consubstanciadas na subida dos preços dos materiais de construção no mercado nacional.
“ Embora ser pouco convincente a razão alegada, vamos discutir esta situação com a Administração Municipal do Soyo, de modo a se encontrar uma solução de consenso que permita o avanço das obras”, assegurou, sem adiantar mais pormenores.
O também governador do Zaire prometeu responsabilizar, criminalmente, as empresas locais incumpridoras dos prazos acordados na execução dos projectos do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM).
Enquanto isso, o responsável da empresa Serval LDA, ligada à escola de 12 salas de aula, Juvenil Mulei, alegou, igualmente, atraso na recepção da segunda tranche financeira, na ordem dos Akz 148 milhões, correspondentes a 25%.
Outro fiscal, Manuel Rodrigues, que responde pelos projectos das duas escolas de sete salas, disse que a construtora “Magave” está encontrar dificuldades, devido ao aumento nos preços dos materiais de construção.
O Soyo foi abrangido com uma dotação financeira de Akz mil milhões e 212 milhões para a execução de cinco projectos sociais, nos domínios da educação, saúde, construção de vias terciárias, posto policial e do saneamento básico.
O Zaire beneficia de 34 projectos, no âmbito do PIIM, avaliados em Akz 26 mil milhões, 97 milhões, 692 mil e 608 kwanzas, direccionados para os sectores da educação, saúde, saneamento básico e vias de comunicação.
Dos 34 projectos acima referidos, 24 são de subordinação local (governo provincial e administrações municipais), avaliados em mais de quatro mil milhões de Kwanzas.
As restantes 10 acções, que consomem mais de 22 mil milhões de Kwanzas, estão sob alçada dos Ministérios do Interior, Administração do Território, Educação, Energia e Águas e Obras Públicas e Ordenamento do Território.
O Ministério da Energia e Águas ficou com um projecto que consome 27% do valor global atribuído ao Zaire, referente à reabilitação e extensão da rede eléctrica de baixa e média tensão em Mbanza Kongo, avaliado em Akz sete mil milhões, 187 milhões e 951 mil.
As acções de subordinação local começaram a ser executadas, de forma faseada, desde Maio deste ano nos municípios de Mbanza Kongo, Soyo, Nzeto, Tomboco, Nóqui e Cuimba.