Luanda - O Laboratório de Engenharia de Angola (LEA) confirmou, este sábado, que o edifício do lote 1 do Prenda, distrito urbano da Maianga, município de Luanda, apresenta uma "situação grave para desabamento".
O imóvel de cinco andares, existente há mais de 50 anos, foi evacuado ao final da tarde, pelas autoridades de Luanda, depois de se terem registado vibrações na sua estrutura.
De acordo com relatos de moradores, as vibrações ocorreram por volta das 11h30 da manhã, e geraram pânico entre as famílias.
Conforme o vice-governador provincial para o sector técnico e infra-estrutura, Cristino Ndeitunga, estudos preliminares do LEA apontam para a existência de quatro
pilares técnicamente "falidos" no imovel.
Em declarações à imprensa, reforçou que o referido prédio carece de uma intervenção técnica urgente a nível dos pilares, razão pela qual continuará interditado.
Adiantou que as equipas técnicas foram orientadas a fazer, rápidamente, o reforço dos pilares, passo fundamental para se determinar a volta ou não dos moradores.
A ANGOP confirmou, ao princípio da noite, que as 41 famílias residentes no imóvel já abandonaram a estrutura, mas ainda não há um espaço oficial para serem realojadas.
Neste momento, os moradores contam com a solidariedade dos seus familiares para se abrigarem, até a situação ficar resolvida.
Maria Filomena, moradora do terceiro andar, lamentou o facto de não terem tido tempo para retirar os seus pertences do imóvel.
"Os moradores vão para casa dos familiares e esperar até terça-feira, às 16h00, para terem informação da administração sobre o futuro lugar para o realojamento", disse.
Enquanto isso, a Polícia Nacional garante a segurança dos bens, até que a situação seja resolvida pela administração municipal e pelo Governo Provincial de Luanda.
Segundo o porta-voz do Serviço de Protecção Civil e Bombeiro, Félix Domingos, em média, mais de 200 pessoas foram desalojadas do edifício do lote 1 do Prenda.
Esta é a segunda situação de desalojamento de famílias em edifícios da era colonial em
Luanda, só este ano. A primeira ocorreu num edifício da Avenida Comandante Valódia, que desabou, sem causar vítimas. FMA/VM