Ondjiva – Um workshop para a troca de experiências entre Angola e a Namíbia, no âmbito da implementação dos projectos de combate à seca no sul de Angola, foi realizado hoje, terça-feira, na cidade de Ondjiva, província do Cunene.
Durante o encontro, que juntou o governo da província do Cunene e a parte namibiana, foram partilhadas ideias e avaliados os benefícios dos projectos, construídos e previstos nas bacias transfronteiriças do rio Cunene e Cuvelai, partilhados pelos dois países vizinhos.
A delegação namibiana está representada pela directora dos Recursos Hídricos do Ministério da Agricultura, Água e Florestas, Maria Amakali.
Na abertura do encontro, o vice-governador para o sector Técnico e Infra-estruturas do Cunene, Faustino Cortez, explicou que a seca dos últimos quatro anos, na província, e no norte da Namíbia, tem afectado a população, o gado e o desenvolvimento da agricultura.
“Em função deste fenómeno, o Executivo angolano deu início de projectos na província, concretamente a construção do sistema de transferência de água do Cafu, a partir do rio Cunene, em resposta aos efeitos da seca severa que afectou a região”, informou.
Com uma extensão de 160 quilómetros de canal aberto, 30 chimpacas e igual número de travessias para facilitar a mobilidade da população, gado e viaturas, o canal do Cafu foi inaugurado no dia 4 de Abril pelo Presidente da República, João Lourenço.
Lembrou que, em Outubro de 2021, foi lançada a primeira pedra para a construção das barragens de Calucuve e do Ndué, nos municípios de Cuvelai e Cuanhama, dois projectos estruturantes de combate à seca na região.
O responsável fez saber ainda que está prevista a construção das obras da Barragem da Cova do Leão, que vai beneficiar os municípios da Cahama e Curoca, com previsões das obras arrancarem este ano.
“Esperamos com este Workshop, partilhar ideias para definição de estratégias capazes de assegurar a construção de alternativas de combate a seca na província e na parte norte da Namíbia, visando o desenvolvimento socioeconómico das nossas comunidades”, realçou.